Cher lançou na terça-feira (19) o primeiro volume de suas memórias, intitulado “Cher: The Memoir, Part One“, que cobre aproximadamente a primeira metade da vida da artista de 78 anos.
O livro traz relatos de seu casamento de 1964 a 1975 com Sonny Bono, co-estrela do programa The Sonny & Cher Show, descrito por ela como “sem amor”, e revela que ela considerou o suicídio no auge do sucesso televisivo da dupla nos anos 1970.
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Segundo o programa Today, da NBC, a cantora contou que se sentia “presa” na relação tumultuada e considerou se jogar da varanda de seu apartamento “cinco ou seis vezes” em 1972. No entanto, ela desistiu ao pensar em sua família e nos fãs que se espelhavam nela.
Cher escreveu que o desinteresse de Bono a levou a buscar um caso extraconjugal com seu guitarrista, Bill Hamm. Após descobrir a traição, Bono teria dito que pensou em jogá-la da varanda, embora Cher acredite que ele nunca teria feito isso de fato.
Em uma entrevista, Cher revelou que pediu conselhos sobre relacionamento à atriz Lucille Ball, que também havia deixado o ex-marido e parceiro de programa de TV, Desi Arnaz. Segundo Cher, Ball teria dito: “Que se dane ele, você é a talentosa.”
Anos depois, Cher conta que deu conselhos semelhantes a Tina Turner, que pediu ajuda para esconder um hematoma causado pelo então marido Ike Turner.
Cher também relatou um confronto com Phil Spector, famoso produtor musical com quem trabalhou como backing vocal nos anos 1960. Décadas depois, ele foi condenado por assassinar a atriz Lana Clarkson. Durante o confronto, Spector teria sacado um revólver para intimidá-la, depois de lançar, sem autorização, uma demo que ela havia gravado.
O primeiro volume das memórias de Cher tem 432 páginas, e a segunda parte está prevista para o ano que vem. Apesar disso, a cantora já chegou a dizer que ainda “nem pensou sobre a parte dois.”
A trajetória de Cher
Cher e a editora HarperCollins anunciaram em julho que o livro seria dividido em duas partes, pois ela tem “uma vida grande demais para apenas um livro.”
Em uma entrevista, Cher contou que o processo de escrita foi exaustivo e admitiu que ainda não leu as próprias memórias. Boa parte de sua carreira como atriz, incluindo o papel que lhe rendeu um Oscar em “Feitiço da Lua” (1987), e a segunda metade de sua carreira musical, não foram abordadas no primeiro volume.
A longa e premiada trajetória de Cher, que inclui um Grammy por “Believe” e um Emmy por um filme-concerto, já foi documentada no musical vencedor do Tony, “The Cher Show”. Além disso, um filme biográfico sobre sua vida está em desenvolvimento pela Universal Pictures desde 2021, embora ainda não haja anúncios sobre o elenco.
Cher se junta a outros artistas que lançaram seus livros de memórias recentemente. “My Name is Barbra”, de Barbra Streisand, com quase mil páginas, foi lançado no ano passado. Também recentemente, Lisa Marie Presley teve suas memórias publicadas postumamente, enquanto Britney Spears lançou “The Woman In Me”, que já tem adaptação para o cinema confirmada, com direção de Jon M. Chu para a Universal Pictures.