O Banco Inter deu seu primeiro passo em direção à expansão global. A instituição financeira passará a operar, a partir deste mês, não só em Belo Horizonte (MG), onde fica sua sede, mas também em um escritório em Miami, nos Estados Unidos (EUA). A iniciativa foi desenvolvida para conduzir as ações de promoção do marketplace do banco, o Inter Shop, em solo norte-americano, e contará com a liderança da executiva Silvia Blas, ex-Totvs e Stefanini.
Antes disponível apenas para os 10 milhões de correntistas brasileiros, o Inter Shop agora funciona em todo o território norte-americano com mais de 30 lojas parceiras, como, por exemplo, Best Buy, HP, Wish, Carter’s e Macy’s. Assim como no Brasil, a plataforma oferece cashback para cada compra realizada, além de descontos exclusivos em algumas lojas.
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Com a chegada aos EUA, no entanto, algumas mudanças precisaram ser feitas para que a operação se adaptasse ao ambiente legal e cultural do país. “O pagamento do cashback será feito na conta corrente americana”, afirma o CEO do Inter Shop, Rodrigo Gouveia, em entrevista à Forbes. “O usuário receberá o depósito, assim como a gente recebe diretamente na conta do Inter aqui, em qualquer banco que ele vincular à plataforma no cadastro.” O prazo para o envio do dinheiro é de, no máximo, 45 dias após a compra.
Além disso, usuários residentes nos EUA não concluirão as transações dentro da plataforma Inter Shop, como é realizado no Brasil. Por lá, os consumidores serão direcionados para os sites das lojas parceiras, onde a compra será finalizada. A comunicação sobre o processo de rastreamento do pedido, assim como do depósito do cashback, será feita por meio do email cadastrado pelo cliente.
PRIMEIRO OS EUA, DEPOIS A EUROPA
Com mais de R$ 1,2 bilhão em vendas geradas pelo Inter Shop em 2020, o interesse de replicar o modelo em outros países foi uma movimentação natural, como conta Gouveia. O interesse nos EUA, porém, é estratégico por conta da maturidade do mercado com relação às compras online e ao cashback. “Quando você pensa no modelo de cupom e de cashback, o mercado norte-americano é o maior do ocidente”, diz. “Só o e-commerce por lá conseguiu faturar US$ 430 bilhões no ano passado.”
A pretensão, no entanto, é conquistar novas praças internacionais no longo prazo. Uma expansão para outros países da América do Norte e Europa, por exemplo, são ideias já consolidadas. “Em poucos meses estaremos em vários locais do mundo”, afirma Gouveia. “Canadá e México são uma consequência natural do processo [por conta da proximidade com os EUA] e, em breve, teremos uma pessoa em Portugal para comandar a internacionalização por lá [na Europa].”
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