A Nuvemshop, plataforma para a construção de lojas online, acaba de receber um aporte de US$ 90 milhões em uma rodada série D liderada pelo fundo de venture capital Accel Partners, com a participação de outras tradicionais instituições de capital de risco, como a Kaszek Ventures e a Qualcomm Ventures LLC.
Com mais de 70 mil comerciantes brasileiros, argentinos e mexicanos conectados à plataforma, a Nuvemshop movimentou R$ 3,5 bilhões em 2020. Empreendedores podem contratar os serviços da empresa por mensalidades que vão de R$ 49,90, no plano mais básico, a R$ 199,90, no pacote mais completo. Hoje, a companhia tem atuação exclusiva na América Latina, em três países: Brasil, Argentina e México.
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Os negócios da plataforma podem, além de criar seu comércio eletrônico, gerenciar o portfólio de produtos e estoque, automatizar vendas e integrar os canais digitais, como Instagram e Facebook. Outra funcionalidade possível é a integração de soluções financeiras, para pagamentos, e de logística, para entrega dos produtos.
A investida de US$ 90 milhões vem em um momento de intensificação do e-commerce na América Latina. De acordo com o banco de dados Statista, a região registrou, no ano passado, um aumento de 18% em receita de vendas decorrentes do comércio eletrônico na comparação com 2019. A perspectiva é de que esse mercado saia de um faturamento atual de US$ 83 bilhões para US$ 94 bilhões em 2021.
Em entrevista à Forbes, os sócios da Accel, Andrew Braccia e Ethan Choi, disseram que não foram atraídos apenas pelo momento positivo do e-commerce, mas também pela proposta de valor da companhia. “O que mais me chamou atenção foi que, em um modelo de negócios como o da Nuvemshop, você cresce junto com o seu cliente”, diz Braccia. “Quando os lojistas ganham, a plataforma também ganha. É isso que gostamos de ver em empresas de software.”
Para Choi, o grande atrativo está na criação de todo um ecossistema de soluções que apoiam o empreendedor na sua jornada de transformação digital. “Por muito tempo, na América Latina, as pequenas empresas não tinham ferramentas e nem soluções para ensiná-las a entrar no digital”, afirma. “É preciso um empreendedor brilhante como o Santiago Sosa [CEO e cofundador da Nuvemshop] para desenvolver uma abordagem simples para a criação de lojas.”
Desde a sua criação, em 2010, a companhia tem atraído investidores para o seu negócio. Com um ano de operação, a Nuvemshop conseguiu captar US$ 300 mil de investidores anjos. No decorrer da última década, subiu três degraus na “escada de investimentos”: recebeu uma rodada série A, com valor não divulgado; uma rodada série B, liderada pelo fundo Elevar Equity, de US$ 7 milhões; e uma rodada série C, composta pela Kaszek Ventures e a Qualcomm Ventures, no valor de US$ 30 milhões.
Santiago Sosa acredita que o modelo de negócios da empresa que comanda tem grande potencial de escalar, principalmente levando em consideração a baixa penetração do e-commerce na América Latina, quando comparado com outras regiões. “Quando você cria uma rede de lojistas, isso possibilita integrar uma série de outras formas de receita à plataforma”, diz. Sosa cita, por exemplo, o incremento de meios de pagamento e hubs de logística como formas de ampliar o faturamento
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