A abordagem tradicional para desenvolver novos medicamentos é focar em um único alvo – uma molécula dentro do corpo que é essencial para uma doença se instalar. Atingir esse alvo – ajudando ou atrapalhando seu funcionamento – é uma das principais maneiras de novos medicamentos serem descobertos.
A Cellarity, sediada em Cambridge, visa desenvolver uma nova abordagem para combater doenças. Em vez de procurar alvos únicos de drogas, o objetivo é usar sua plataforma para observar como as células inteiras são afetadas quando alguém está doente. Compreendendo esses efeitos, a empresa pretende desenvolver tratamentos que possam impactar as doenças de uma forma mais abrangente. E a startup acaba de arrecadar uma rodada da série B de US$ 123 milhões para continuar suas atividades durante o estágio clínico de desenvolvimento.
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“Essa abordagem realmente abre o potencial para desenvolver medicamentos inovadores”, disse o CEO, Fabrice Chouraqui.
A Cellarity foi fundada pela empresa de risco Flagship Pioneering, em 2017, e desenvolveu nos últimos anos sete programas terapêuticos diferentes, voltados para uma série de doenças, incluindo doenças metabólicas e câncer. Chouraqui, que anteriormente foi presidente da Novartis Pharmaceuticals EUA e vice-presidente da Bristol-Myers Squibb, ingressou na empresa em maio de 2020.
“O objetivo da nova rodada de financiamento é fornecer o capital necessário para fazer os tratamentos que a empresa está desenvolvendo atualmente durante a fase de desenvolvimento clínico”, diz Chouraqui. A abordagem de usar o aprendizado de máquina para observar como as próprias células funcionam quando afetadas por doenças é a chave para o método.
“Essas profundas descobertas biológicas nos permitem prever e projetar moléculas que são capazes de corrigir um determinado comportamento celular com o objetivo de reverter a causa da doença”, diz ele.
A rodada de investimento série B inclui contribuições do Flagship Pioneering, bem como de fundos de investimento administrados pela BlackRock, The Baupost Group e Banque Pictet. Com o aporte, o financiamento total da empresa subiu para US$ 173 milhões.
Chouraqui está animado com o que sua empresa aprendeu até o momento sobre as causas das doenças e espera que seus insights levem a um desenvolvimento acelerado de remédios. “É uma abordagem totalmente nova e estamos oferecendo uma dimensão inteiramente nova de descoberta de medicamentos”.
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