A startup 180º Seguros começa sua jornada no mundo do financiamento por venture capital com o pé direito. Sete meses após sua fundação, a empresa acaba de levantar US$ 8 milhões (R$ 44 milhões) em seu primeiro aporte, um investimento seed liderado pelos fundos Canary, Dragoneer e Rainfall. A transação também foi acompanhada por investidores anjos.
Criada pelos empreendedores Mauro Levi D’Ancona, Alex Körner e Franco Lamping, a 180º Seguros possui um modelo de negócio que foca o mercado corporativo. A startup oferece tecnologia para que seus clientes desenvolvam seus próprios produtos voltados para a proteção ou reparação de danos.
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Por meio de uma colaboração com 17 seguradoras, a startup não só desenvolve APIs – códigos de programação que integram sistemas de empresas diferentes – para conectar seus clientes a elas, mas também procura os parceiros ideais para cada tipo de produto a ser desenvolvido, seja seguro de vida ou de automóvel.
D’Ancona, o CEO da companhia, acredita que o modelo adotado permite que companhias explorem os produtos ofertados pelas seguradoras e trabalhem em algo customizado para os seus clientes. “Tentamos criar um produto que se integre à jornada específica do consumidor do nosso cliente”, afirma. “Se você é uma empresa que vende carros, por exemplo, já pode vender um seguro de automóvel na hora da compra.”
A insurtech – como são chamadas as startups da área de seguros – possui atualmente 20 clientes corporativos que utilizam os seus serviços de tecnologia para a criação de produtos personalizados. Essa carteira de clientes, conta D’Ancona, agrega mais de 40 milhões de usuários que podem ser potenciais clientes dos produtos customizados. No momento, a 180º Seguros tem três projetos de clientes para serem lançados ainda este ano.
Com o valor do aporte, a perspectiva é dobrar o tamanho da equipe, principalmente nas áreas de tecnologia, operações e atendimento. Hoje, a startup conta com 25 colaboradores e quer chegar até o final de 2020 com 50. Além do crescimento da equipe, D’Ancona prevê para 2021 uma maturidade maior para o setor de tecnologia voltado ao universo dos seguros.
“Para começar um negócio nesse segmento, o empreendedor precisaria de uma reserva financeira grande para provar à Susep [Superintendência de Seguros Privados] que consegue ressarcir os seus clientes”, afirma. “Com o sandbox [ambiente regulado por autoridades mas com menos exigências jurídicas], abriu-se muito espaço para novos entrantes e a inovação no setor.”
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