“O empreendedorismo sempre foi uma coisa natural para mim.” A frase é do DJ e produtor musical Alok, destaque na lista Under 30 da Forbes em 2017 e brasileiro mais ouvido no Spotify em todo o mundo. Depois de doar R$ 27 milhões no ano passado para criar seu instituto, homônimo, de impacto social, o rei das pistas está agora investindo em novos negócios e entrando no mundo das startups. A mais nova empreitada do artista é a Droper, marketplace brasileiro de compra e venda de tênis e itens streetwear.
Criada em março de 2020 por Alberto Roque e Aristides Filho, a plataforma digital oferece sneakers exclusivos colecionáveis de marcas globais como Nike, Adidas, Reebok, Converse, Supreme e Palace, entre outras. Com parcerias que são referência na moda urban, o catálogo conta com os tênis da linha Yeezy, do rapper norte-americano Kanye West, e Air Jordan, em homenagem ao ex-jogador de basquete Michael Jordan.
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Ao todo, são mais de 60 mil anúncios ativos de produtos streetwear originais – novos e usados em bom estado, publicados gratuitamente por meio do site ou aplicativo. A cada semana, cerca de 450 novos anúncios são enviados para a plataforma. As vendas podem ser feitas com cadastro de loja ou perfil pessoal, e os clientes podem tirar dúvidas sobre os produtos diretamente com o vendedor. Em pouco mais de um ano de operação, a startup já soma mais de 70 mil clientes na plataforma e tem um faturamento mensal que ultrapassa R$ 3 milhões.
“A cultura dos sneakers faz parte do meu estilo de vida, eu sou fanático por tênis. Muitas vezes, uso roupas mais neutras, e coloco um sneaker que se destaca”, afirma Alok. Ele conheceu a Droper no ano passado por recomendação do empresário Paulo Zhu e decidiu testar a plataforma. Não demorou muito para que o DJ entrasse para o time de sócios da startup, com um investimento inicial – não divulgado – para acelerar o marketplace e aprimorar as soluções tecnológicas.
Para operar de forma segura com o formato de compra e venda C2C (customer-to-customer), a plataforma opera com um sistema que exige que o vendedor envie fotos, comprovantes que confirmem a originalidade da peça e uma descrição detalhada do produto. Todos os itens passam por um processo de legit check, no qual a Droper faz uma checagem da autenticidade com base nos documentos encaminhados. “Depois, o produto é enviado para entrega, mas a startup só repassa o dinheiro para o vendedor depois que o cliente confirma o recebimento do produto”, explica o DJ. Caso haja algum problema com o item, o cliente tem a possibilidade de realizar a troca do produto ou receber o dinheiro de volta.
Segundo Alok, o processo de checagem e verificação das peças é o grande diferencial do marketplace, pois garante a confiabilidade e reduz a falta de segurança para a compra e venda dos produtos que, em sua maioria, possuem um valor elevado. O modelo Air Jordan 5 Top 3, por exemplo, pode ser adquirido por R$ 4.650. Já o Louis Vuitton adidas HU NMD (Custom) é vendido na plataforma por R$ 10 mil. “O mais importante para a marca é trazer conforto e confiança para os consumidores, e garantir que eles tenham a melhor experiência de compra.”
Com a parceria, o artista também assume a frente da difusão da Droper pelo país, e usará sua influência nas redes sociais para divulgar a marca entre seus mais de 25 milhões de seguidores no Instagram. “Acredito que eu possa agregar não apenas capital, mas também no marketing”, considera.
Com um valor de mercado estimado em R$ 100 milhões, a startup mantém um acordo comercial com a Melhor Envio, startup de logística que garante entregas em todo o território brasileiro. Até o fim de 2021, a empresa pretende lançar uma linha Droper autoral com roupas, bonés e tênis, para dar início à marca própria. “Também vamos contratar pessoas habilitadas para desenvolver a parte tecnológica de autenticidade e checkpoints físicos para a entrega e retirada de produtos.”
Como consumidor, o DJ diz que o que mais lhe atrai em um tênis são os designs criativos e inovadores. Nesse sentido, Alok adiantou para a Forbes que pretende lançar o seu próprio modelo de sneaker, que está atualmente em estágio de prototipagem. “No segundo semestre, devo divulgar pelo menos o modelo. Se for o caso, ele pode vir – em um primeiro momento – como uma obra digital, talvez como um NFT (Token Não Fungível), para depois materializarmos a peça”, afirma. A intenção é reverter o lucro para apoiar causas sociais.
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