A Intercement Brasil pediu registro para um IPO (Oferta Inicial de Ações), operação que servirá para que seu controlador, a holding Mover, venda uma fatia no negócio.
A companhia é um braço do Grupo InterCement, que também tem operações em países como Argentina, Egito, Moçambique e África com Sul, com capacidade produtiva de 37 milhões de toneladas de cimento por ano.
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No Brasil, a Intercement é a segunda maior produtora de cimento do país, com capacidade instalada de 17,2 milhões de toneladas, distribuídas entre suas 15 unidades. Em 2020, vendeu cerca de 8,7 milhões de toneladas, incluindo as marcas Cauê, Goiás e Zebu. A subsidiária brasileira também tem 19 fábricas de concreto e 11 pedreiras de calcário.
A Intercement ainda tem fatias minoritárias em três hidrelétricas (Tocantins, Rio Grande do Sul e Santa Catarina), que produzem 74% da energia usada em suas fábricas.
No ano passado, a empresa teve receita líquida de R$ 2,4 bilhões, aumento de 26,9% em relação a 2019, com a margem Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subindo de 13,9% para 28,6%.
A operação será coordenada por Bradesco BBI, Bank of America, Itaú BBA, JPMorgan E UBS-BB.
O anúncio acontece um dia depois de a rival CSN Cimentos, da siderúrgica CSN, ter também pedido registro para IPO.
O pedido de registro para IPO também acontece em meio a uma escalada dos preços mundiais de commodities, apoiada na expectativa de que a demanda hoje já forte da China por esses produtos deve ser ampliada nos próximos meses e anos por outros grandes mercados, como o dos Estados Unidos.
Também na véspera, a CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), do grupo Votorantim SA, pediu registro para IPO. (Com Reuters)
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