O mercado brasileiro de telecomunicações teve, em 2020, o seu ano mais movimentado na última década, pelo menos no que diz respeito a fusões e aquisições realizadas por empresas do setor. De acordo com um levantamento realizado pela boutique RGS Partners, foram 16 acordos de M&As registrados durante os 12 meses, marca que ultrapassou o resultado de 2015 e 2011, que ostentavam a melhor marca da década, com 15 contratos firmados em cada um.
Para o sócio do RGS Partners, Fábio Jamra, a pandemia foi um dos fatores impulsionadores do mercado de telecomunicações à medida que novas empresas do setor cresceram ao oferecerem serviços de banda larga em cidades pequenas e médias, chamando atenção e potencializando M&As. “As grandes companhias não fizeram investimentos suficientes nos últimos anos para prover essa carência [de banda larga em municípios menores], o que abriu espaço para que as médias se capitalizassem e estabelecessem um plano de crescimento arrojado com base em aquisições.”
O movimento observado no Brasil é parecido ao que aconteceu no restante do mundo. Globalmente, as companhias de telecomunicações realizaram 430 operações de fusões e aquisições em 2020. Esse número é o melhor resultado do setor desde 2015, quando foram registrados 474 acordos. Na década, no entanto, a melhor marca permanece sendo a de 2010, quando 522 contratos foram fechados com foco em M&As. Em volume financeiro, porém, o ano passado fica na vice-liderança no período dos últimos dez anos, com US$ 182 bilhões movimentados, atrás somente de 2013, com US$ 216 bilhões.
Confira, na galeria abaixo, as cinco maiores transações de fusões e aquisições realizadas no ano passado no Brasil, elencadas pela RGS Partners:
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Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images 1. Oi Móvel
Valor: US$ 3,2 bilhões
Compradores: Claro, TIM e Vivo
Data: 14/12/2020A maior aquisição do ano passado no Brasil não poderia ser outra. As três maiores operadoras de telefonia do país – Vivo, Claro e TIM – adquiriram, em conjunto, a unidade Oi Móvel por US$ 3,2 bilhões (R$ 16,5 milhões) em um leilão. Os mais de 30 milhões de clientes serão divididos entre as três compradoras, mas a proporção não foi divulgada.
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Getty Images 2. Copel Telecomunicações
Valor: US$ 571,5 milhões
Comprador: Bordeaux/Planner
Data: 09/11/2020Em outro leilão, a unidade de telecomunicações da Copel (Companhia Paranaense de Energia) foi vendida por US$ 571,5 milhões para o fundo de investimentos Bordeaux, representado pela corretora de valores Planner. A unidade de negócio da estatal comercializa planos de fibra ótica para pessoas físicas e empresas no estado do Paraná.
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Getty Images 3. Pheonix Tower do Brasil
Valor: US$ 460 milhões
Comprador: Highline
Data: 24/11/2020A provedora de infraestrutura para telefonias móveis Highline, que é comandada pelo fundo Digital Colony, adquiriu a rival Pheonix Tower por US$ 460 milhões. A compra foi uma forma de ampliar o número de torres controladas pela companhia, estendendo sua atuação pelo Brasil.
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Getty Images 4. Oi (torres)
Valor: US$ 202,3 milhões
Comprador: Highline
Data: 26/11/2020Com a compra da unidade de negócio de torres móveis da Oi no ano passado, a Highline conseguiu cravar a presença em mais uma posição no top 5 das maiores transações do setor de telecomunicações do Brasil. O acordo foi firmado em um leilão, e o valor combinado foi de US$ 202,3 milhões (R$ 1,077 bilhão).
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Getty Images 5. Oi (data center)
Valor: US$ 61,1 milhões
Comprador: Piemonte
Data: 26/11/2020A unidade de data centers da Oi, que contava com cinco centros de processamento de dados, foi mais uma parte do negócio da telefonia móvel vendida no ano passado, como parte do plano de recuperação da companhia. A vertical foi negociada por US$ 61,1 milhões para o fundo Titan Venture Capital, controlador da Piemonte, instituição de gestão de ativos e serviços financeiros.
1. Oi Móvel
Valor: US$ 3,2 bilhões
Compradores: Claro, TIM e Vivo
Data: 14/12/2020
A maior aquisição do ano passado no Brasil não poderia ser outra. As três maiores operadoras de telefonia do país – Vivo, Claro e TIM – adquiriram, em conjunto, a unidade Oi Móvel por US$ 3,2 bilhões (R$ 16,5 milhões) em um leilão. Os mais de 30 milhões de clientes serão divididos entre as três compradoras, mas a proporção não foi divulgada.
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