O crescente mercado de saúde virtual está esquentando com o aplicativo de telessaúde Babylon, que anunciou na última quinta-feira (3) que abrirá seu capital ao se fundir com uma SPAC (Companhia com Propósito Especial de Aquisição, na sigla em inglês), que avalia a empresa em US$ 4,2 bilhões. Com isso, ela se prepara para expandir rapidamente nos Estados Unidos e competir com grandes players do mercado, como a Teladoc.
A empresa, sediada no Reino Unido, planeja crescer rapidamente nos EUA, onde conquistou clientes como o Mount Sinai Health Partners.
Apesar de somente uma a cada oito de suas 24 milhões de “vidas atendidas” estar nos EUA, a Babylon projeta que 84% de sua receita virá do país em 2021.
A empresa fundida espera que o negócio seja fechado no segundo semestre de 2021.
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A Babylon usa um aplicativo alimentado por IA (Inteligência Artificial) que “leva a maioria das interações dos membros para o dispositivo móvel e fornece atendimento presencial pontual e direcionado, quando necessário”, escreveu a empresa em uma apresentação em junho para seus investidores.
O uso da telessaúde cresceu rapidamente desde o início da pandemia: mais de um terço das pessoas com seguro de saúde privado acessaram esse serviço em 2020, ante 9% em 2019, de acordo com um relatório de maio da J.D. Power.
A apresentação da Babylon afirma que ela irá competir com empresas como a Amwell e a Teladoc, historicamente a maior empresa de telessaúde em capitalização de mercado e número de pacientes. Com um valor de mercado de quase US$ 23 bilhões, a Teladoc viu o preço de suas ações quase dobrar desde o início de 2020.
A Alkuri Global Acquisition Corp, a SPAC que está fundindo com a Babylon, é liderada pelo ex-CEO da Groupon e abriu capital em fevereiro.
A companhia, que licencia seu software para instituições de saúde, espera convencer esses clientes a fornecer o gerenciamento de todos os cuidados de saúde para sua base. “Normalmente, as empresas de saúde digital lidam apenas com uma pequena parte do problema, [como] atendimento urgente ou telemedicina”, disse Ali Parsa, fundador e CEO da Babylon, à CNBC em maio. “Nós, por outro lado, tentamos fazer isso em todo o espectro para toda a sua saúde.”
Os anúncios da Babylon sobre o quão bem seu chatbot de IA diagnosticou os pacientes foram contestadas por especialistas externos, reguladores britânicos e pela própria equipe da empresa, cujos testes do aplicativo revelaram, em 2017, “que cerca de 10% a 15% dos 100 resultados sugeridos com mais frequência do chatbot, como uma infecção no peito, ou não perceberam os sinais de alerta de uma condição mais séria, como câncer ou sepse, ou simplesmente estavam totalmente errados”.
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