A virada do ano na Oracle começou em junho, com o início de seu ano fiscal, e a companhia não perdeu tempo para implementar mudanças em sua estrutura na América Latina. Com exclusividade à Forbes, a gigante de tecnologia antecipou as mudanças na alta liderança da região, que se tornou um ponto focal na estratégia de crescimento da empresa, assim como o desenho da nova composição do negócio em terras latinas.
A partir deste mês, a companhia passará a atuar com uma divisão bem clara de unidades de negócio, divididas em dois segmentos principais: tecnologia, que abarca todas as soluções de infraestrutura para computação em nuvem, software e hardware; e aplicativos, focada em sistemas, como o tradicional ERP, de gestão empresarial. No departamento de tecnologia, quem assume a liderança é Rodrigo Galvão, que até agora ocupava a posição de presidente da operação brasileira. Para o segmento de aplicativos, a gestão será do argentino Adrian Durán, ex-vice-presidente sênior de sucesso do cliente e consultoria pela América Latina.
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No cargo de diretor-geral do Brasil, antes ocupado por Galvão, ficará Alexandre Maioral, ex-vice-presidente da área de aplicativos da Oracle no país. As mudanças na alta hierarquia foram realizadas para aproximar a corporação dos seus clientes nas duas verticais que são foco do negócio, como conta o vice-presidente executivo da companhia para a América Latina, Luiz Meisler, em entrevista à Forbes. “Queremos que o consumidor veja que somos uma companhia focada nele, que só pensa nele e que vai levar benefícios sempre”, afirma. “Para o cliente, essa nova composição significa muita simplicidade, principalmente na comunicação.”
Além do foco no cliente, a Oracle quer que as mudanças acelerem sua transformação interna. “Nós começamos um plano de transformação cultural no ano fiscal de 2016, quando percebemos que éramos uma empresa com foco principal em vender produtos”, diz Meisler. “Nesse mundo novo, a dinâmica é completamente diferente, e o foco tem de ser em serviço.” Segundo o executivo, quando se trata de serviços, as empresas focam mais nos gostos, vontades e necessidades de cada cliente, oferecendo um tratamento personalizado.
Com essa nova estrutura e uma maior atenção aos consumidores, a Oracle pretende aumentar o número de contratos assinados na América Latina. No ano passado, conta Meisler, foram 4.000 acordos de fornecimento de tecnologia firmados na região. A aposta é de que a intensa digitalização de processos, provocada pela crise sanitária de Covid-19, continue neste novo ano fiscal. “A pandemia acelerou a adoção tecnológica e não tem uma companhia que não esteja pensando em transformação digital”, diz. “Essa aceleração fez com que pudéssemos atender empresas de diversas indústrias, fornecendo capacidade de gestão e diminuição de custos.”
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