O avanço da vacinação no Brasil tem sido marcado por fotos da carteira de vacinação estampadas nas redes sociais dos contemplados. O ato, que retrata a alegria do momento, pode parecer inofensivo, mas não é bem assim. Expor informações pessoais é como fornecer combustível para ataques cibernéticos personalizados.
O risco ocorre porque, nas selfies que mostram a carteira de vacinação, dados como nome completo, CPF, número do SUS, local de vacinação e até a assinatura do profissional que aplicou o imunizante ficam visíveis. Já os dados biométricos, como impressões digitais, reconhecimento facial e varreduras de retina, entre outros, são, muitas vezes, utilizados para acessar smartphones, tablets e computadores, além de contas bancárias e serviços como a migração.
“Apesar de existirem muitos fatores para impedir que nossa impressão digital, por exemplo, seja capturada a partir de uma selfie, as câmeras dos celulares atuais estão ficando cada vez melhores e não há razão para arriscar. Embora possa parecer algo saído de um filme de ficção científica, se a imagem for nítida, é possível que os cibercriminosos façam uso desta informação”, adverte Fabio Assolini, analista sênior de cibersegurança da Kaspersky.
Ao expor documentos e dados biométricos nas redes sociais, os usuários abrem espaço, involuntariamente, para que pessoas mal intencionadas roubem suas informações pessoais. Nesse sentido, a empresa alerta para a necessidade de modificar certos comportamentos online, que colocam em risco a privacidade e as informações dos usuários.
Cerca de 19% dos usuários da internet na América Latina se arrependem de, um dia, ter postado algo que continha informações pessoais relacionadas, entre outras coisas, à sua localização, família ou trabalho, segundo uma pesquisa da Kaspersky, especializada na produção de softwares de segurança para a internet, sobre os hábitos online dos usuários. A companhia aponta, ainda, que 40% dos brasileiros acreditam que seus familiares compartilham informações pessoais demais nas redes sociais.
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