As pesquisas sobre exploração espacial continuam a crescer a uma taxa exponencial, com a colaboração de muitas iniciativas recentes de empresas privadas. Entre elas, estão os numerosos sucessos de lançamento de Elon Musk com a SpaceX, os empreendimentos recentes de Jeff Bezos com a Blue Origin e o trabalho de Richard Branson com a Virgin Galactic.
Tudo isso acontece em conjunto com os esforços de organizações governamentais experientes, como a Nasa (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço, na sigla em inglês). A instituição liderou muitas das pesquisas, esforços e fundamentos para a exploração espacial e as viagens nos últimos 60 anos.
Ao lado de muitas entidades privadas, a Nasa continua a promover iniciativas de ponta na ciência aeroespacial. Com o crescente interesse global para a exploração da lua e viagens potenciais a Marte, a agência norte-americana anunciou um novo programa: o Chapea (the Crew Health and Performance Exploration Analog).
O Chapea implicará em “uma série de missões que vão simular estadias de um ano na superfície de Marte”, como uma preparação para as futuras missões da Nasa e missões específicas a Marte. Segundo a página do programa, “cada missão consistirá em quatro membros da tripulação que vivem em Mars Dune Alpha, um habitat isolado de aproximadamente 158 metros quadrados. Durante a missão, a tripulação realizará caminhadas espaciais simuladas e fornecerá dados sobre uma variedade de fatores, como saúde física e comportamental e desempenho.”
Além disso, “[para] obter os dados mais precisos durante a simulação, o habitat será o mais realista possível em relação ao planeta Marte, o que pode incluir estressores ambientais, como limitações de recursos, isolamento, falha de equipamento e cargas de trabalho significativas. As principais atividades da tripulação durante o treinamento podem consistir em caminhadas espaciais simuladas, incluindo realidade virtual, comunicações, crescimento da colheita, preparação e consumo de refeições, exercícios, atividades de higiene, trabalho de manutenção, tempo pessoal, trabalho científico e sono.”
O programa será fundamental para a compreensão de como indivíduos altamente treinados e motivados irão atuar sob os rigores e pressões de uma missão a Marte. Especificamente, não apenas destacará os desafios operacionais, mas também indicará os desafios de saúde física e mental que os futuros astronautas podem encontrar em missões espaciais de longa duração.
No início deste ano, escrevi sobre novos esforços de pesquisas que estão tentando descobrir os efeitos das viagens espaciais no corpo humano. Inequivocamente, décadas de estudos indicam que as viagens espaciais afetam a saúde humana em vários graus. Um exemplo do que escrevi aborda o folheto informativo da Nasa que discute especificamente a atrofia muscular no espaço e explica que “como os astronautas trabalham em um ambiente sem gravidade, é necessária pouca contração muscular para sustentar seus corpos ou se mover. Estudos têm mostrado que os astronautas experimentam uma perda de até 20% de massa muscular em voos espaciais com duração de cinco a 11 dias.”
Descobertas como essa são cruciais para os esforços de pesquisa e desenvolvimento da Nasa e de outras organizações interessadas em viagens espaciais. À medida que a indústria do turismo espacial se expande e continua a haver um interesse crescente em missões mais longas que vão mais longe da Terra, encontrar soluções para garantir a segurança e saúde humana no processo é algo extremamente valioso.
Na verdade, iniciativas como o Chapea têm um propósito importante e provavelmente fornecerão percepções valiosas que podem ser usadas pelas próximas gerações. Em última análise, é promissor ver que organizações como a Nasa continuam a expandir os limites da exploração espacial e da ciência de uma maneira bem informada e planejada que prioriza o elemento mais importante em qualquer missão espacial: a saúde e a segurança da tripulação.
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