O IMD World Competitiveness Center, que estuda a competição entre países e empresas, acaba de divulgar uma pesquisa sobre a diferença na transformação digital nas duas principais potências mundiais. Os Estados Unidos aparecem no topo do ranking de competitividade digital do IMD pelo quarto ano consecutivo. Segundo o estudo, o sucesso do país é baseado “na prevalência doméstica da tecnologia e confiança das empresas no capital de risco acessível”. Por outro lado, a China, que subiu 15 posições nos últimos quatro anos, se beneficia de grandes níveis de desenvolvimento científico e educacional, P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e uma participação global líder nas exportações de alta tecnologia.
A pesquisa mostra que os Estados Unidos superam a China em educação, que tem uma participação de 6% no PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano, ante 3,5% no país asiático, embora a China esteja no topo do ranking global de alfabetização matemática entre os jovens (os EUA ocupam o 36º lugar). Além disso, os Estados Unidos têm um terço a mais de usuários de internet (per capita) do que a China e têm os níveis mais altos de propriedade de tablets do mundo. Já o gigante asiático lidera o mundo em sua proporção de funcionários técnicos e científicos, que representam 11% do emprego total do país, quase o dobro dos EUA (6%). A China é o país com mais robôs em educação e P&D e tem quase um terço (30%) de todos os robôs do mundo, quase o dobro de seu rival mais próximo, o Japão (14%). Suas exportações de alta tecnologia representam 31% de todas as exportações de manufaturados, contra 19% dos EUA.
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A pesquisa classifica Hong Kong em segundo lugar na hierarquia global de competitividade digital. “A economia lidera o mundo em graduados em ciências e exporta mais produtos de alta tecnologia do que qualquer país em proporção de todas as suas exportações de manufaturados”, diz o relatório. Em seguida está a Suécia, graças a uma forte economia do conhecimento e desenvolvimento de talentos do país. Já a América do Sul mostra-se atrasada ao restante do mundo. Segundo o IDM, a Colômbia é prejudicada por níveis relativamente baixos de assinantes de banda larga móvel e o Peru, por uma baixa taxa de penetração de banda larga sem fio (per capita). Já a Argentina sofre de percepções fracas de que os serviços bancários e financeiros apoiam adequadamente os negócios e que o capital de risco esteja facilmente disponível.
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