A escassez de chips está atrasando o nascente negócio de adquirência do Banco Pan devido à escassez de chips de computadores usados nos terminais de pagamentos, disse hoje (3) o presidente-executivo da instituição, Carlos Eduardo Guimarães.
“Isso [a escassez de chips] está impactando o ritmo de expansão do nosso negócio de adquirência”, disse Guimarães a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre.
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“Esperamos que no começo do ano que vem esse problema seja resolvido e estamos conversando com novas fontes de ofertas de maquininhas”, acrescentou o executivo.
A escassez de chips, provocada por uma confluência de fatores, incluindo problemas de logística catalisados durante a pandemia da Covid-19, tem criado problemas na cadeia de produção de automóveis, mas especialistas alertam que o problema pode se alastrar para as indústrias de eletrônicos e eletrodomésticos.
No caso do terminais de pagamentos, Guimarães disse que o setor todo no país tem sido afetado.
O problema ocorre no momento em que bancos digitais vêm ampliando suas bases desses terminais, os chamados POS, como parte do crescente desafio aos bancos estabelecidos.
O presidente do Banco Pan disse ainda que o grupo, controlado pelo BTG Pactual, está confortável em apostar no ritmo de expansão de sua carteira de crédito, mesmo diante do atual ciclo de aumento do juro no Brasil.
“Cerca de 90% da nossa carteira tem colateral, por causa do foco em consignado, FGTS e financiamento automotivo”, disse.
O Banco Pan anunciou mais cedo que teve lucro líquido de R$ 191 milhões entre julho e setembro, aumento de 12% sobre um ano antes, devido em parte à expansão de 31% da carteira expandida, que chegou a R$ 33,26 bilhões.
Às 15:31, a ação do Banco Pan na B3 tinha queda de 2,8%, enquanto o Ibovespa cedia 0,5%. (Com Reuters)