O Grupo Boticário inaugura, neste mês de novembro, em São José dos Pinhais (PR), o Centro de Pesquisa do Olfato. O laboratório tem como objetivo estudar o sentido e mapear sua conexão com o bem-estar. Para isso, serão utilizados recursos científicos e tecnológicos, além da expansão do processo de transformação digital vivido pela companhia reunindo pesquisadores, médicos, especialistas em neurociência, perfumaria e comportamento humano.
Liderado por Gustavo Dieamant, diretor-executivo de P&D do Grupo Boticário e Rafael Muller, diretor de categoria de perfumaria, o Centro vai abrigar áreas já existentes que desenvolvem, coletivamente, um trabalho focado em inovação para entregar fragrâncias para o consumidor final e que já acumulam o uso de neurociência e inteligência artificial. Além disso, ele integrará a divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo que possui 300 funcionários.
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Entre as iniciativas, além da criação do Centro, o Grupo vai disponibilizar, a partir do dia 25 de novembro, um hub de conteúdo que ficará hospedado no e-commerce da empresa para o público com materiais, artigos, pesquisas e um canal de conversa para compartilhamento de relatos sobre a perda olfativa.
“Para nós, o olfato vai além da função fisiológica relacionada ao odor e suas memórias. Há uma relação funcional com um órgão complexo como a pele e essa interação diz muito sobre os efeitos biológicos positivos gerados por algumas fragrâncias e seus componentes, por exemplo. É uma ciência que tem sua beleza, mas também sua complexidade”, explica Dieamant, que é também é Doutor em Neuroimunoendocrinologia Cutânea.
A criação da área que perpassa o desenvolvimento de produtos tem como objetivo entregar inovação para os consumidores e para a própria empresa. “Além dos mais de 15 mil itens que integram os portfólios das marcas do Grupo Boticário, entendemos o nosso papel na aceleração de pesquisas em inovação e tecnologia relacionadas ao universo olfativo. Nosso intuito é disponibilizar o Centro como braço para pesquisas de interesse público, lideradas por universidades, médicos parceiros e pelo nosso time de especialistas” pontua Dieamant.
Para o desenvolvimento do projeto, a empresa se baseou em algumas pesquisas que determinaram o impacto da pandemia no olfato da população. Conhecida clinicamente como anosmia, a ausência da percepção de cheiros atinge cerca de 86% das pessoas com casos leves da doença, segundo uma pesquisa publicada este ano, no Journal of Internal Medicine1.