Com o anúncio, nesta quinta-feira, (20), do Twitter, de que passará a permitir o uso de NFTs, tokens não fungíveis, como foto de perfil, o ecossistema de ativos virtuais torna-se ainda mais movimentado. O recurso já está disponível no Twitter Labs, área da plataforma para assinantes do serviço Blue.
O teste ainda está restrito a usuários do sistema operacional da Apple, mas deve chegar em breve para o Android. A empresa vem ampliando os testes e parcerias para o uso de tokens. Dentre elas, estão projetos desenvolvidos com a OpenSea e a Coinbase para ampliar as possibilidades do uso de NFTs na plataforma.
A Meta, que integra Facebook e Instagram, também desenvolve formatos possíveis para o uso de NFTs. No caso da empresa de Mark Zuckerberg, por exemplo, como apontou uma reportagem do Financial Times, está a possibilidade de que os usuários criem e até vendam os ativos por meio das redes sociais.
Mercado de NFTs cria seus primeiros bilionários
A OpenSea, inclusive, protagonizou, na semana passada, um movimento emblemático na indústria. Os fundadores da startup de blockchain juntaram-se ao clube das três vírgulas após uma rodada de financiamento que avalia a empresa em US$ 13,3 bilhões – apenas 6 meses atrás, o valor era de US$ 1,5 bilhão. Com uma participação estimada em 18,5% na OpenSea, os cofundadores Devin Finzer e Alex Atallah valem cada um cerca de US$ 2,2 bilhões, segundo estimativas da Forbes.
Fundada há quatro anos, a startup com sede em Nova York foi uma das primeiras empresas no mercado de NFTs que decolou no início de 2021. NFTs são arquivos de computador usados para rastrear a propriedade de ativos digitais exclusivos, como arte, música e até mesmo cartões de esportes virtuais em um livro-razão conhecido como blockchain. A OpenSea se apresenta como uma plataforma ponta a ponta na qual os usuários podem criar, comprar e vender todos os tipos de NFTs – por uma taxa de 2,5% de cada venda.
Ex-CEO do Twitter vende seu primeiro tuíte por US$ 2,9 milhões como NFT
Em março do ano passado, Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter, vendeu seu primeiro tuíte por pouco mais de $ 2,9 milhões como NFT. A publicação está em formato de token não fungível (NFT, na sigla em inglês) – uma espécie de ativo digital único que explodiu em popularidade em 2021. Cada NFT possui sua própria assinatura digital baseada em blockchain, que funciona como um registro público, permitindo a qualquer um verificar a autenticidade e propriedade do ativo.