A Apple está preparando um serviço de assinatura de aparelhos para o iPhone. A informação, publicada pela Bloomberg, dá conta de que o novo modelo de negócios da marca pode tornar a propriedade do dispositivo semelhante ao pagamento de uma taxa mensal de aplicativo. O projeto ainda está em desenvolvimento, mas o serviço seria o maior impulso da Apple em vendas recorrentes automaticamente, permitindo que os usuários assinem hardware pela primeira vez. Após a divulgação da notícia, as ações da Apple subiram 1,6% ontem (24).
Para a Apple, que sempre vendeu os dispositivos a custo total, através de parcelas ou subsídios de operadoras, adotar assinaturas de hardware seria uma grande mudança estratégica. O que poderia influenciar os consumidores a gastarem cada vez mais em novos dispositivos. O iPhone já é a maior fonte de vendas da Apple, gerando quase US$192 bilhões no ano passado – mais da metade da receita da empresa.
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Ainda de acordo com a mídia especializada dos Estados Unidos, a empresa teve discussões preliminares internamente sobre como anexar o programa de assinatura de hardware aos seus pacotes Apple One e planos de suporte técnico AppleCare. A Apple lançou os pacotes em 2020 para permitir que os usuários assinem vários serviços – incluindo TV+, Arcade, Música, Fitness+ e armazenamento iCloud – por uma taxa mensal mais baixa. As assinaturas provavelmente seriam gerenciadas por meio da conta Apple de um usuário em seus dispositivos, pela App Store e no site da empresa.
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A nova abordagem pode tornar os serviços existentes menos atraentes, pois um programa de assinatura vinculado a uma conta da Apple provavelmente seria mais simples de gerenciar do que um programa de operadora ou mesmo os planos de parcelamento do Apple Card.
Kit de reparos
Em novembro do ano passado, a Apple já havia anunciado um serviço inédito. O Self Service Repair é um programa que permite aos próprios clientes consertarem seus devices. Ele foi lançado inicialmente nos Estados Unidos, em 2022, mas sem data prevista para chegar ao Brasil. O kit permitirá realizar reparos na tela, bateria e câmera sem a necessidade de uma assistência técnica. A medida abre uma nova frente de consumo baseada na cultura maker onde os próprios consumidores são responsáveis por alongar a vida útil dos produtos.