O modelo ágil é uma abordagem usada para construir produtos e serviços digitais, além de modelagem de processos de negócios, fluxos de trabalho entre outras, de forma que proporciona mais visibilidade e previsibilidade dentro da jornada para que o conhecimento do que está acontecendo a passos curtos permita corrigir a rota de maneira ágil, quando necessário, a fim de ativarmos o mais rápido possível os objetivos esperados.
Na adoção agile, as entregas não serem apenas uma abordagem de processos, mas sim de valor, cada vez mais as empresas estão adotando metodologias ágeis em busca de melhores resultados, inovação e competitividade.
Nesse modelo, as equipes sempre estão desenvolvendo atividades que estão mais próximas dos drivers de valor e como todos estão conectados com os objetivos estratégicos, o entendimento para corrigir uma rota e entender que, talvez, estejam errando ou indo em um direcionamento diferente do que o cliente precisa, é muito mais natural. As equipes têm a capacidade de atuar de forma mais autônoma para conseguir resultados de excelência.
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E por que não usar o agile na sua liderança? A transformação digital está no nosso dia a dia e realizá-la requer adaptabilidade de todos os envolvidos, incluindo metodologias de trabalho diferenciadas.
Sabemos o quanto liderar é uma tarefa complexa, pois requer um olhar focado na equipe, no negócio e nos clientes. Neste ponto, a agilidade entra não como um fim, mas como um meio eficiente para desenvolver jornadas que tragam produtividade e valor ao time e, por consequência, ao business.
Para a liderança, acredito que a colaboração seja um dos fatores mais importantes e trazer o modelo ágil para esse processo pode ser um grande fator de sucesso, afinal o líder será capaz de enxergar cada passo da meta estabelecida e corrigir quando necessário com a ajuda de todos.
Abaixo, listo alguns pontos das estratégias que aplico na minha liderança como CEO, usando o mindset agile:
• Estou sempre conectado com as minhas equipes, seja presencial ou virtualmente;
• Disseminamos para toda a organização as nossas estratégias e o que realmente esperamos realizar em conjunto para alcançá-las;
• Realizo frequentemente conversas com os colaboradores da base para entender a temperatura da empresa, manter e aprimorar a cultura organizacional;
• Revejo regularmente os desafios e metas para correção durante o processo quando necessário;
• Busco estimular a tomada de decisão em ações rápidas;
• Faço provocações como inspirar a criatividade e a inovação em todo o time;
• Sou adaptável, flexível e resiliente;
• Nunca paro de aprender e incentivo tal ação para a equipe;
• Não me apego ao que não funciona. Não deu certo? Partiremos para o plano B.
• As nossas metas e direcionadores estão conectados e são mensurados por KPIs que impactam o nosso negócio, sendo esta a grande transformação que estamos proporcionando para a nossa organização;
• O mesmo modelo que disseminamos e praticamos, internamente, é o modelo que promovemos aos nossos clientes.
Claro que não existe uma fórmula para ser uma liderança ágil, porém ações como essas nos dão a real dimensão de que precisamos estar cada vez mais preparados para movimentos de mercado, compreendendo quando algo não dá certo, corrigindo e partindo para novos caminhos.
Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil
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