A Apple, por meio de seu serviço Apple Pay Later, está sendo investigada pelo Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), um dos principais reguladores de finanças dos Estados Unidos. O diretor do CFPB, Rohit Chopra, disse que o Apple Pay Later levantou “uma série de questões”, incluindo ponto antitruste e de privacidade de dados.
“O principal regulador de finanças e consumo dos EUA alertou que a entrada da Big Tech no negócio de comprar agora, pagar mais tarde arrisca enfraquecer a concorrência no setor e levanta questões sobre o uso de dados de clientes”, disse Chopra em entrevista.
Chopra também afirmou que a entrada da Big Tech no negócio de empréstimos levanta questões sobre como as empresas usam os dados dos clientes, incluindo histórico de navegação, histórico de geolocalização e informações de saúde.
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Porém, a perspectiva de (potencialmente) ser acusado de violações de privacidade de dados é irônica. Apenas seis semanas atrás, a CNBC informou que o CEO da Apple, Tim Cook, estava pressionando por uma legislação de privacidade “o mais rápido possível” após uma visita ao Congresso. Como a CNBC escreveu:
“A Apple há muito se posiciona como a empresa mais focada em privacidade entre seus pares de tecnologia, e Cook aborda regularmente o assunto em discursos e reuniões. A Apple diz que seu compromisso com a privacidade é um valor profundamente mantido por seus funcionários, e muitas vezes invoca a frase ‘a privacidade é um direito humano fundamental’”.
Algumas das preocupações do CFPB estão erradas. O ponto de que a Apple tenha muitos dados de pagamento do consumidor de seus serviços de pagamento atuais, por exemplo, ignora o fato de que o CFPB não leva a sério a questão de apresentar acusações antitruste e de privacidade contra a Apple.
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