Metaverso, um conceito que durante 2022 foi amplamente difundido, analisado e noticiado. Para 2023, os especialistas que apontam tendências admitem que a discussão em torno da tecnologia deve ganhar mais maturidade e a busca por aplicações práticas. Cairê Moreira, Under 30 2020, consultor de designer 3 e criador do avatar Princess Aiana, aponta os desafios e oportunidades das tecnologias imersivas neste ano.
“O metaverso, como vem sendo idealizado nos últimos anos não para em pé como esperado. Por motivos, óbvios, de tecnologia, mas principalmente porque a gente não está lá ainda”, explica.
Para Cairê, esse mundo digital aonde as pessoas vão, em tese, passar mais tempo de suas vidas, demandará mais evolução. “Precisamos dos cinco sentidos nesses ambientes, algo que, do ponto de vista tecnológico ainda é um grande desafio. Temos muito que evoluir em VR e outras necessidades de hardware, por exemplo”, destaca.
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Ainda de acordo com Cairê, relembrando a frase de Jack Dorsey, fundador do Twitter, “o metaverso é um marco temporal”. “Assim como foi a internet, não houve um momento específico que dissemos agora vivemos na internet. Foram várias tecnologias que foram evoluindo até chegar aonde chegamos. Desta forma, com base nessa premissa, estamos no marco temporal do metaverso quando o digital passar a ser tão, ou mais, importante que o mundo físico.”
“Do ponto de vista de tendências, estou olhando para realidade virtual (VR) e realidade estendida. Porque a melhor forma de unir o melhor do físico com o digital é o digital experiência. E na união das lojas físicas e digital isso tem sido muito relevante. A ideia de omnichannel continua mais viva do que nunca e ela nos ajuda a experimentar vários tipos de tecnologias e conceitos”, diz Cairê.
Outra aposta do profissional são os avatares corporativos. “Essa parte da avatarização vai ganhar mais força no meio corporativo, tem muita gente que não gosta de abrir câmera em reuniões virtuais, por exemplo, e soluções recentes como do Teams que dão essa possibilidade, me parecem escaláveis. Já sobre os avatares do Instagram ou WhatsApp eu ainda tenho dúvidas se pegam ou não.”