Criado em 2019 graças a uma parceria entre o grupo cultural AfroReggae e o empresário Ricardo Chantilly, o AfroGames, projeto que se propõe a inserir jovens da periferia no mundo da tecnologia por meio dos games, vive uma nova fase. Com um total de 827 adolescentes atendidos, atualmente o projeto lida diretamente com 500 pessoas em 4 unidades e tem previsão de expansão para 2023.
A primeira foi inaugurada no Centro Cultural Waly Salomão, na favela Vigário Geral, no Rio de Janeiro em 2019. E a expansão, a partir de 2022, incluiu o Complexo da Maré, Morro do Timbau e Nova Holanda e o Morro do Estado em Niterói. Para 2023, o objetivo é ampliar para outras favelas e espaços periféricos, tendo como objetivo chegar a São Paulo.
Recentemente, o projeto enviou dois jovens para a Game Developers Conference (GDC), um dos principais eventos de games do mundo, por meio de bolsas e apoio de marcas. Além dos cursos relacionados a games, o projeto também tem aulas de inglês. Atualmente, existem 20 talentos entre atletas, criadores de conteúdo gamer relacionados aos jogos Valorant, Fortnite e FreeFire com o apoio de empresas como Ambev, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Gol, HyperX, Kingston, Warrior, Player1 e Grupo Globo.
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“Esses talentos recebem uma bolsa atleta no valor de um salário-mínimo e tem uma carga horária de 20h semanais conosco, que envolve treino técnico da sua modalidade, acompanhamento psicológico, preparação física e aulas de inglês”, explica Mariana Uchôa, diretora de operação e impacto social do AfroGames.
Expansão dos games para a música
Em abril, o AfroReggae, em parceria com a Universal Music e a Virgin Music Brasil, anunciou um novo projeto que atua com a conexão da música com tecnologia e os games: o Crespo Music. Um dos objetivos é revelar talentos artísticos de jovens da favela do Rio de Janeiro. Além disso, a Crespo Music também terá uma estrutura para desenvolvimento de trilhas e conteúdo sonoro para games. O selo nasce com um catálogo que inclui trilhas originais compostas para series como Arcanjo Renegado e A Divisão, que foram exibidos na Globoplay.
“Vamos gravar, editar, lançar, dar suporte para o artista na parte empresarial e de planejamento. Esses talentos não vão ser simplesmente jogados no mercado. Queremos caminhar junto com os que se destacarem mais, fazer um desenvolvimento de carreira”, conta Chantilly.
Veja algumas imagens do AfroGames:
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