O Upfront é um evento realizado pela The Walt Disney Company Brasil para que pequenas e grandes empresas do setor do varejo conheçam as próximas novidades e produções dos estúdios e transformem as ideias em produtos licenciados para venda. O evento também oferece oportunidades exclusivas para os parceiros, anunciando comemorações ligadas ao aniversário de 90 anos do Pato Donald e aos 85 anos da Marvel.
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Em entrevista à Forbes Brasil diretamente do evento, Mara Ronchi, líder de CPGP (Consumer Products, Games & Publishing) para a The Walt Disney Company Brasil, fala sobre a estratégia de oferecer conteúdo de varejo e marketing para o segundo semestre de 2023. “A Disney deseja estar presente em todos os produtos de comercialização licenciada e também em grandes campanhas anuais como a Páscoa, férias e volta às aulas, Dia das Crianças e o Natal, para que o público tenha contato com as histórias e personagens que fizeram parte da infância durante os 365 dias do ano”, destaca Mara, que também falou sobre diversidade, equidade e inclusão para os próximos 100 anos da companhia.
Forbes Brasil – Qual é a importância de produzir live-actions e alinhar essas novas produções dos clássicos com o marketing e merchandising da Disney?
Mara Ronchi – Eu acredito que os live-actions estão de acordo com a nossa estratégia maior de produtos que é encantar e criar essa conexão emocional com o consumidor. No final das contas, o live-action vai recontar uma história diferente ou não para uma outra geração de consumidores. Eu acho que tudo isso está interligado dentro desse ecossistema que nós consideramos na The Walt Disney Company. O consumidor tem o conteúdo via cinema, via Disney+, streaming e outras plataformas e acaba conhecendo as nossas histórias pelos produtos também. A gente sabe que Brasil e México são bastante relevantes dentro dos mercados internacionais, e nós temos os números de cinema que comprovam a estratégia super importante dos live-actions dentro do Brasil e da Disney globalmente.
A Disney possui uma estratégia focada nas redes sociais. Durante o Upfront comentaram bastante sobre YouTube e TikTok para Geração Z, por exemplo. Quanto essa estratégia também é importante para reunir todos os públicos de diferentes gerações?
É importantíssima, porque no final das contas a nossa estratégia é olhar para o consumidor, e ele está diferente. O mercado também mudou, então o digital é importantíssimo. Além disso, temos produtos relacionados, como por exemplo a conta nextJoy, desenvolvida em parceria com o banco Next. Ou seja, o digital dentro da estratégia de marketing é fazer com que os conteúdos dos nossos produtos cheguem aos consumidores.
Qual o impacto da relação entre a Disney e o varejo brasileiro?
A Disney faz o varejo repensar as vendas e influenciar os comerciantes a produzirem produtos licenciados para os consumidores, o que por vezes muda a cultura organizacional das empresas que acabam por adotar os mesmos valores que a The Walt Disney Company, fazendo com que os conteúdos Disney conversem com diversos setores. Nós respiramos isso olhando para o consumidor, o que ele quer e como a gente leva a magia a conexão dos nossos personagens e franquias até ele.
Com o gancho dos produtos digitais, a empresa ainda tem uma proposta para metaverso e NFTs?
A Disney tem alguns estudos nos Estados Unidos, mas aqui na América Latina a prioridade é a parte de games, que é importantíssima dentro do público geek, mas incluímos também as crianças e os jovens adultos. Ano passado participamos da BGS (Brasil Game Show), continuamos olhando esse público e temos vários lançamentos no setor até 2025. Recentemente, ocorreu o lançamento do óculos de realidade mista da Apple, o Apple Vision Pro, e a Disney firmou uma parceria com a desenvolvedora para incluir o streaming Disney+ no novo aparelho da Apple, provando mais uma vez que ainda está presente no metaverso, por mais que a adoção em grande escala do óculos ainda irá levar um certo tempo.
Qual a importância de levar diversidade e inclusão para as narrativas da Disney?
A Disney é uma marca para todos, por isso que diversidade, equidade e inclusão é tão importante, a representatividade nas nossas histórias também está dentro dessa leitura dos clássicos, dos live-actions. A Pequena Sereia é um exemplo disso, de gerar novas conversas nas redes sociais e também levar as histórias por meio dos nossos produtos.