Com a evolução da creator economy, novas estratégias estão sendo adotadas por startups, plataformas de mídias digitais e influenciadores com o objetivo de evoluir as possibilidades de receita dentro da indústria de influência. O que para muitos pode significar somente uma publicação ou interação paga na rede social, agora está se tornando um mercado que estabelece laços e cria conexões com o público alvo. De acordo com levantamento feito pela CB Insights, a creator economy já movimenta mais de R$ 70 bilhões por ano e deve seguir em alta.
8 influenciadores brasileiros que estão com tudo no Threads:
-
Ronaldo Assis Moreira
2,6 milhões -
Reprodução/@anitta Anitta
2,3 milhões -
Virginia Fonseca
2 milhões -
Maisa
1,2 milhão -
Anúncio publicitário -
Tatá Werneck
1,2 milhão -
Ali Karakas Larissa Manoela
1 milhão -
Casemiro
652 mil seguidores -
Fábio Porchat
474 mil seguidores
Ronaldo Assis Moreira
2,6 milhões
Neste contexto, a Meta vem ampliando iniciativas para entender e educar os criadores de conteúdo que utilizam suas plataformas, promovendo encontros e dinâmicas para situá-los de novas ferramentas de monetização. Recentemente, a companhia disponibilizou, dentro do Facebook e Instagram, uma nova ferramenta de assinaturas por conteúdo, visando proporcionar uma renda fixa mensal aos influenciadores. Em entrevista à Forbes Brasil, Mauro Bedaque, Diretor de Parcerias com Criadores da Meta na América Latina, afirma que as novas ferramentas “visam proporcionar melhorias para os criadores emergentes, mas que os grandes e estabelecidos, que já estão há mais tempo no mercado, podem usufruir para criar novas estratégias”.
Leia também:
- Lucas Rangel aposta na Creator Economy e fatura R$ 35 milhões
- Os desafios da creator economy, segundo o CEO da Black Influence
- Bugs no Instagram geram alerta e reforçam desafios da creator economy
Forbes Brasil: Como a creator economy se destaca dentro das plataformas da Meta, dentre elas Facebook e Instagram?
Mauro Bedaque – Acima de tudo, o conteúdo que os criadores trazem para dentro das nossas plataformas é essencial já que gera engajamento e traz relevância. Para nós, oferecer ferramentas e formas para os criadores traz um grande retorno. A Meta acredita que as alternativas de monetização servem justamente para fazer rodar a creator economy e, consequentemente, manter esse ecossistema vivo e vibrante.
FB – Você acredita que os creators estão agregando grande parte dessas ferramentas e dando retorno para as plataformas?
Mauro – Com certeza, porque no final das contas o que eu sempre falo é: nem todas as ferramentas, de uma maneira geral, são para todos os creators. Então dentro das nossas iniciativas educacionais, como a Creator Lab e a Creator Week, procuramos deixar bem claro que não estamos aqui para empurrar as ferramentas de monetização e pressioná-los para que usem todas. No final, nem todas funcionam para todo mundo. Cada creator vai testando aos poucos, através da tentativa e erro, das ferramentas de insights que já estão disponíveis nas plataformas. Após essa etapa, a Meta analisa o quanto cada ferramenta é útil para diferentes tipos de criadores e com que frequência ela é utilizada.
FB – O público que recebe esse conteúdo e as marcas acabam criando interesse em trabalhar com os criadores que estão dentro dessas estratégias?
Mauro – É impressionante o tamanho e a importância que os criadores têm para as pessoas, eles de fato influenciam o público desde o comportamento até o poder de compra, de acordo com estudos que eu já li sobre o assunto no Brasil. Para a audiência, isso acaba sendo muito importante e relevante, basta saber o número de seguidores que eles vão alcançando. Para as marcas, como consequência é relevante também.
Leia também:
- De olho na creator economy, influenciadores buscam novas receitas
- Meta aposta na creator economy para manter estratégia de longo prazo
- “Os produtos são vitais para levar nossas histórias”, diz head de consumo da Disney
FB – Pensando no cenário Global, o Brasil está muito avançado na discussão em relação às estratégias adotadas pela Meta em outros países?
Mauro – Essa é uma boa pergunta, não temos muitos estudos sobre esse tema, mas apesar de tudo acredito que seja uma conversa muito recente e que está evoluindo aos poucos, então quando a gente fala de creator economy, da relação das marcas com os creators, da audiência e da colaboração de creators com outros creators, tem muito o que aprender dentro desse ecossistema. No fim das contas, a penetração do Brasil nas plataformas digitais torna o mercado muito vibrante, então esse tipo de discussão acaba acontecendo por consequência. Não sei informar em que parâmetro o Brasil está relacionado aos outros países, mas com certeza o nosso país é protagonista e muito relevante.
FB – Atualmente, as pessoas falam bastante de passar menos tempo no celular, mas você acredita que com o surgimento de novas redes sociais da Meta – como o Threads – e com as novas ferramentas a tendência é que o público passe mais tempo online?
Mauro – Pessoalmente eu acredito que não, porque cada plataforma acaba cumprindo cada tipo de função na vida do usuário, aquilo que traz valor no final das contas vai tomar o seu tempo, mas pensando positivamente nesse assunto, existe essa preocupação e dentro do próprio Instagram temos ferramentas que monitoram o consumo do usuário e cria alertas de tempo limite para ajudar a desconectar. O uso excessivo acaba não sendo bom pra ninguém, por isso a Meta também tem essa preocupação de desenvolver ferramentas que ajudem as pessoas a não navegar tanto.