Enquanto Foo Fighters, Pitty e Detonautas arrastavam milhares de pessoas ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para o The Town, a 2,7 mil quilômetros, em Recife, Matuê, Marcelo D2 e Yung Buda, arrancavam gritos de outros milhares no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão). Matuê, inclusive, foi uma das atrações principais do evento do Rock in Rio na semana passada. A final do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), um dos maiores jogos competitivos do mundo, voltou à capital de Pernambuco depois de 6 anos mostrando que game e música são indissociáveis.
Leia também:
- Coca-Cola e Riot fecham parceria inédita para o mundo dos games
Como a Riot fomenta inclusão em uma das principais funções dos e-sports
Conheça as 10 marcas mais populares entre os gamers brasileiros
“A macrorregião nordeste é composta de comunidades fiéis e apaixonadas, voltar aqui depois de seis anos e uma pandemia depois é mostrar o quanto Recife é importante para a Riot”, aponta Diego Martinez, General Manager da Riot no Brasil. O executivo, que na semana passada estava no The Town, faz um paralelo na relação entre música e games. “No caso do CBLoL, temos muito orgulho da relação que nossas comunidades possuem com a música. Além disso, é muito interessante ver não só artistas do mainstream, mas talentos em ascensão da nossa música que dialogam diretamente com os fãs de League of Legends”, disse à Forbes Brasil.
No Brasil, em especial, a Riot, e outros de seus jogos além de LoL, possuem uma longa relação com a música. Em 2021, a empresa convidou Daniela Mercury para regravar “O Conto da Cidade” para o Valorant. A cantora Luedji Luna gravou, em 2022, um clipe para celebrar a personagem Raze, do mesmo jogo.
9 momentos em que a Riot conectou música e games:
-
Emicida na final do CBLoL, em 2018
-
Daniela Mercury regravou a música “O Canto da Cidade” para o Valorant
-
No ano passado, Cat Dealers e Haikass inauguraram o primeiro halftime da história do CBLoL, patrocinado pela Heineken
-
Rincon Sapiência abriu o CBLoL 2022, em São Paulo
-
Anúncio publicitário -
A banda Pentakill, associada ao mundo de League of Legends, abriu o CBLoL em 2015
-
A cantora Luedji Luna fez um clipe para promover o jogo Valorant
-
Marcelo D2 na abertura do CBLoL 2023, em Recife
-
Matuê na segunda edição do Halftime da Heineken, no CBLoL 2023
-
Yung Buda duplou com Marcelo D2 na abertura do CBLoL 2023
Emicida na final do CBLoL, em 2018
O próprio CBLoL já registrou shows marcantes. Em 2015, trouxe o Pentakill no Allianz Parque. Três anos depois, em 2018, uma apresentação histórica com o rapper Emicida. Far From Alaska, Choice, Tássia Reis, Vintage Culture e Pedro Qualy completam a lista. No ano passado, em São Paulo, o show de abertura ficou por conta de Rincon Sapiência, BNegão e Katú Mirim. Já o Halftime, formato inédito que estreou em parceria com a Heineken, apresentou Cat Dealers e Haikass. A marca trouxe Matuê a Recife este ano celebrando a segunda edição do formato.
“É muito além do jogo, os games entregam uma experiência que está conectado à cultura, lifestyle e uma série de outros elementos, por isso é muito importante, para nós, estarmos atentos à relação que essas artistas possuem com a comunidade”, destaca Martinez, que não revela o valor dos cachês e nem os artistas que ainda deseja levar para a atração.
Anos de megaprodução
Os eventos realizados pelas chamadas publishers, empresas donas de games, tornaram-se referência pela superprodução. Neste ano, foram usadas 32 câmeras, 450 profissionais de operação e 35 toneladas de equipamentos para receber as 8 mil pessoas que passaram pelo xxxx não só do Recife, mas de várias partes do Nordeste e do Brasil. A associação com o festival de música realizada pelo Rock in Rio passa até por alguns patrocinadores, Coca-Cola, Kit Kat e Heineken também estão presentes no festival de música em São Paulo. Neste ano, completam o time de patrocinadores do CBLoL: Dorflex, Nescafé Dolce Gusto, Everlast e Santander.