“Franchise Freedom” é o nome do projeto que produz uma dança aérea de drones, que já foi realizado na NASA e no Burning Man. Hoje (21), é a vez de Nova York receber 1.000 máquinas autônomas para um espetáculo de luz cinética sobre o céu do Central Park. O espetáculo em Manhattan será notavelmente maior em escala do que as apresentações anteriores, que normalmente envolviam cerca de 300 drones.
Os artistas holandeses Lonneke Gordijn e Ralph Nauta, que se autodenominam Studio Drift e produzem, principalmente, instalações experienciais, afirmam que “Franchise Freedom” tem como objetivo explorar a relação dos humanos com a natureza.
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“A obra de arte é uma ilustração poética de como nós, como seres humanos, lutamos para viver autonomamente em uma sociedade definida por regras e convenções”, dizem os artistas em seu site. “Embora os padrões dos drones pareçam aleatórios e o enxame nos lembre da liberdade, o comportamento dessas máquinas voadoras é completamente orquestrado e está sujeito a muitas regras e instintos de sobrevivência.”
Os três shows gratuitos no Central Park neste sábado começam às 19h, 20h e 21h (no horário local) e terão duração de 10 minutos cada. Um mapa no site da Drift lista os melhores lugares para assistir aos drones portadores de luz formando padrões sincronizados no céu. A Drift também transmitirá ao vivo a apresentação, com acompanhamento musical do compositor e pianista holandês Joep Beving, que os espectadores online poderão acessar por meio de serviços como Spotify, Apple Music e Amazon Music.
Para criar o “Franchise Freedom”, a Drift equipou drones Intel Shooting Star com software personalizado e programado com base em pesquisas sobre o comportamento de voo de pássaros.
A performance no Central Park está em planejamento há cinco anos, de acordo com a ArtNews, devido a regulamentações sobre o voo de drones na cidade de Nova York datadas de 2017. Os artistas finalmente obtiveram permissão para realizar sua exibição após o anúncio, em julho, das novas regras que regem as permissões de decolagem e pouso para aeronaves não tripuladas, incluindo drones.
“O processo de permissão leva em consideração os requisitos das leis federais, estaduais e locais e equilibra as preocupações constantes com a segurança e a privacidade inerentes ao uso generalizado de drones contra os importantes benefícios que essa tecnologia moderna oferece”, disse o Departamento de Polícia de Nova York ao compartilhar informações sobre o novo processo de permissão.
As previsões do tempo para Manhattan preveem chuva no sábado, mas Lucas van Oostrum, CEO da Drone Stories, um dos copatrocinadores da produção, não está muito preocupado. “Tudo aponta para chuvas intensas antes das apresentações.”
Os shows de luz com drones não são novidade nos céus. Eles entretêm o público em festas universitárias e museus de ciências. E, às vezes, os drones se sincronizam por uma causa. Neste mês, a fabricante de drones DJI montou um elaborado show de luzes com drones para pedir a conservação global da água, configurando os veículos voadores no formato de grandes gotas de água, que se transformavam em ondulações enquanto desciam.
O Studio Drift também montou outras instalações cinéticas de drones, incluindo uma para a comemoração do 50º aniversário do Museu Van Gogh de Amsterdã, que terminou o evento, apropriadamente, em uma verdadeira noite estrelada.