Na indústria musical, a inovação tecnológica é frequentemente celebrada à medida que os artistas ultrapassam os limites da criatividade com novos hardwares e programas. Os Beatles, lendários pioneiros do ramo, mais uma vez deram o primeiro passo rumo ao futuro, com o uso de inteligência artificial (IA) para criar uma última música.
Paul McCartney revelou a notícia emocionante em junho deste ano durante uma entrevista à BBC. “Quando começamos a fazer o que seria a última gravação dos Beatles, nos inspiramos em uma demo que John [Lennon] tinha e que todos trabalharam juntos.”
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Entretanto, o uso de inteligência artificial deixou os fãs da banda preocupados. McCartney esclareceu: “Conseguimos captar a voz do John e torná-la pura por meio de uma ferramenta de IA. Assim pudemos mixar o disco como se faz normalmente.”
Ao contrário do que algumas críticas apontam, a IA não replica as vozes dos Beatles, mas aprimora o material original e torna o som mais limpo e refinado. Inclusive, essa tecnologia foi usada durante a produção do documentário “Get Back” — que conta a história da banda.
A recente explicação de McCartney sobre a tecnologia usada neste projeto dos Beatles esclareceu equívocos e amenizou preocupações.
A novidade, apresentada pelos Beatles ao grande público, tem implicações mais amplas para a indústria musical. O uso de IA para revitalizar demos antigas, que antes eram consideradas inutilizáveis, demonstra o potencial da tecnologia aplicada a materiais esquecidos.
Então, por que outros artistas ainda não exploraram possibilidades semelhantes com a IA? Os avanços na tecnologia oferecem aos músicos novos caminhos para a criatividade e a inovação. Inúmeras gravações (de vários artistas e bandas) poderiam se beneficiar deste método, pois todos podem ter joias escondidas em seus arquivos prontas para serem lapidadas.