Os avanços tecnológicos têm aportado de forma meteórica na vida de todos nós, trazendo novos desafios. A segurança das redes móveis, por exemplo, tornou-se um fator preponderante para evitar surpresas em todos os sentidos. E não à toa, a cibersegurança é o pilar mais afetado e merece olhares atentos de quem está no ecossistema da conectividade.
Com a Inteligência Artificial (IA) presente em várias camadas dos negócios, cuidar da proteção online é ainda mais essencial. Segundo estudo recente da Bloomberg Intelligence, a taxa de crescimento de IA na próxima década deve ser de 42% ao ano – quase dobrando seu alcance.
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Felizmente, para combater e enfrentar os atuais desafios e ameaças cibernéticas, existem dicas valiosas para fortalecer a resiliência digital. Por exemplo, quanto mais dispositivos conectados, mais oportunidades os hackers têm, a conexão a partir do acesso via Internet das Coisas (IoT) abre caminhos para a invasões. Sabemos também dos riscos reais provocados pela exposição de informações pessoais e sensíveis, que podem ser evitados com medidas rigorosas de proteção de dados.
É fato que as redes de conexão devem garantir que apenas dispositivos legítimos tenham acesso, mas as técnicas de autenticação podem ser alvo de ataques. Portanto, melhorias precisam ser realizadas de forma contínua.
Certamente, a inteligência artificial e o aprendizado de máquina podem ser usados para melhorar a segurança, mas também podem ser explorados por invasores, uma vez que os algoritmos de IA são ferramentas para automatizar ataques e encontrar vulnerabilidades.
Por isso, em um ambiente hiperconectado, faz-se mais que necessário cercar-se de dispositivos de segurança como a criptografia — que é utilizada para proteger a integridade dos dados transmitidos e armazenados. Também é fundamental estabelecer sistemas de monitoramento e detecção de ameaças em tempo real para identificar e responder rapidamente a possíveis violações de segurança, como SOCs avançados, inclusive com IA — entretanto, é extremamente recomendável que a IA seja conectada em sistemas existentes.
É possível dizer que a cibersegurança tem evoluído muito, especialmente na era da IA generativa. A IA tradicional sempre foi usada pela cybersecurity, principalmente para automatização de processos, repetições e processos com grande volume de dados. No entanto, com a IA generativa, já é possível identificar em segundos incidentes que levavam minutos e até mesmo horas.
Ou seja, usando 100% de IA nesse primeiro nível, é possível alcançar 70% de resolução de anomalias de baixa criticidade com mais qualidade, maior valor agregado e melhor acuracidade. Esse é um investimento que vale muito a pena para manter a segurança dos negócios.
A revolução tecnológica promete transformar a maneira como nos conectamos e interagimos em todos os aspectos, inclusive com seus pontos de vulnerabilidade, que devem ser combatidos continuamente. Afinal, seus benefícios vêm acompanhados de desafios significativos de cibersegurança.
Marcelo Ciasca é CEO da Stefanini Brasil, referência em soluções digitais.
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