Conhecida há décadas por sua capacidade de inovação, a 3M vive um momento crucial de manter seu ritmo de transformação, mas agregando cada vez mais aspectos relacionados à sustentabilidade. Neste contexto, o Brasil é estratégico globalmente. Recentemente, a companhia investiu em um novo centro de pesquisa na Amazônia. Para Adriana Blikstein, primeira mulher presidente da companhia no país, inovabilidade é o que dá sentido a esse novo momento da companhia que investe, globalmente, mais de R$ 10 bilhões em inovação e pesquisa por ano.
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“A 3M sempre esteve associada à inovação, mas temos uma forma prática de enxergar esse tema. Em outras palavras, antes de agregar uma tecnologia, é necessário entender o que as pessoas precisam resolver e como isso se aplicará. Outra premissa hoje, para a 3M, é o que chamamos de inovabilidade. Inovação e sustentabilidade sempre juntas. Não é possível dissociar essas duas disciplinas e o nosso foco, hoje, é esse tipo de inovação. Naturalmente, nossos ciclos precisam ser menores, nossa velocidade de inovar deve ser maior, mas nunca esquecendo do impacto e como a própria tecnologia pode reduzi-lo”, destaca Adriana.
Outro tema no radar da executiva é a inteligência artificial, porém, conectada, sempre, ao humano. “Inteligência artificial é um tema presente na nossa dinâmica há anos. É por meio dela que nos tornamos mais eficientes, que inovamos mais rápido. Neste momento, IA generativa é sim um tema em alta, mas precisamos ter em mente que no nosso caso a inovação parte literalmente da observação humana e ela pode vir de qualquer lugar e de qualquer pessoa da nossa empresa, neste contexto eu não acredito que a IA generativa substitua a inteligência humana por que estamos falando de sensibilidade, sentimentos e percepções, então eu acredito sim no potencial da IA, mas na coexistência com o humano.”
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Com 23 anos de companhia, a advogada e economista Adriana Blikstein tem uma carreira multidisciplinar. Passou por várias unidades de negócios, cuidou de áreas importantes comercialmente. E essa diversidade de olhares é o que, segundo ela, torna o futuro tão interessante, mas exige a formação de profissionais cada vez mais especializados em equilibrar tecnologia e humano. “Hoje, por meio do Instituto 3M, apoiamos o Programa Formare, que acontece nas quatro plantas da empresa no País. Ele tem como objetivo capacitar jovens para seu primeiro emprego. Eu costumo dizer que esse projeto já forma jovens para uma profissão que é quase como jogar videogame. Ou seja, já contempla uma nova economia baseada em muita tecnologia. É um tipo de capacitação tecnológica diferenciada que vai formar a indústria 4.0.”