O fundador do InfoWars, Alex Jones, fala à mídia fora do Tribunal Superior de Waterbury durante seu julgamento
O proprietário do bilionário X, Elon Musk, postou uma enquete na plataforma neste sábado (9) perguntando se o teórico da conspiração Alex Jones deveria ter sua conta restabelecida mais de cinco anos depois de ter sido permanentemente banido – com a reintegração recebendo apoio esmagador na enquete desta tarde.
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A enquete foi postada no X às 11h58, simplesmente perguntando: “Reintegrar Alex Jones nesta plataforma?” Até às 14h30, 70% dos cerca de 1 milhão de usuários que votaram na enquete apoiaram a reintegração de Jones.
Jones e sua empresa, InfoWars, foram banidos da plataforma, então chamada de Twitter, em 2018 – com o Twitter citando postagens que ele fez, violando a política de comportamento abusivo. No dia anterior à sua proibição, Jones postou um vídeo dele mesmo repreendendo o jornalista da CNN Oliver Darcy por cerca de 10 minutos entre as audiências do Congresso no Capitólio dos EUA.
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A Forbes entrou em contato com o InfoWars para comentar,mas não houve retorno. Junto com a enquete, Musk escreveu “Vox Populi, Vox Dei”, que é um provérbio latino que significa “a voz do povo, a voz de Deus”. Ele postou este provérbio em ocasiões anteriores em que fez uma enquete.
Depois de adquirir o Twitter em outubro de 2022 e posteriormente renomeá-lo como X, Musk trouxe de volta à plataforma uma série de figuras polêmicas. Em novembro de 2022, ele postou uma pesquisa semelhante sobre trazer de volta o ex-presidente Donald Trump, que foi banido depois que o Twitter determinou que ele usou postagens nas redes sociais para ajudar a incitar os distúrbios no Capitólio, em 6 de janeiro de 2021. Os usuários votaram a favor de sua reintegração, mas Trump fez apenas uma postagem desde que foi autorizado a voltar – uma foto sua depois de se entregar na prisão do condado de Fulton em agosto. Musk concedeu anistia a quase todas as contas banidas.
Quem é Alex Jones
Jones é apresentador de um programa de rádio e proprietário da InfoWars, uma empresa de mídia de extrema direita. Jones há muito é criticado por promover teorias da conspiração e falsidades descaradas. A Liga Antidifamação disse que ele “defende sem fôlego e estridentemente uma litania de absurdos”.
Após o massacre da Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, em 2012, onde 26 pessoas – incluindo 20 estudantes – foram baleadas e mortas, Jones começou a alegar infundadamente que o incidente nunca aconteceu e que as famílias enlutadas eram atores.
As famílias acabaram processando-o por difamação e, em 2022, após uma série de decisões judiciais em Connecticut e no Texas, Jones foi condenado a pagar às famílias mais de US$ 1 bilhão coletivamente.
Jones também desempenhou um papel de destaque nos distúrbios do Capitólio, de 6 de janeiro de 2021, nos quais uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o recinto na tentativa de impedir a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.
A comissão especial do Congresso, encarregada de investigar os distúrbios, descobriu que Jones ajudou a organizar o comício. Mais recentemente, na quinta-feira (7), ele apareceu no programa de Tucker Carlson, no X.
