Após Joe Biden desistir da reeleição à presidência neste domingo, 21, o Partido Democrata, agora representado por Kamala Harris, vice-presidente e ex-senadora, recebeu US$ 81 milhões (R$ 451 milhões) em doações, de acordo com a BBC News.
Além das contribuições financeiras, a possível candidata ganhou tração entre os democratas. Uma pesquisa divulgada pela Reuters/Ipsos na terça-feira, 23, aponta Kamala com 44% das intenções de voto e Trump com 42% — um empate técnico levando em consideração a margem de erro.
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Apesar da movimentação, o ecossistema norte-americano de empresas de tecnologia está dividido. Em 15 de julho, uma reportagem do The Wall Street Journal revelou que Elon Musk doaria US$ 45 milhões (R$ 254 milhões) para um fundo de apoio a campanha de Trump. No entanto, nesta terça-feira, 23, em entrevista ao psicólogo e escritor Jordan Peterson, o bilionário desmentiu a informação e disse que trata-se de um “Super Pac”, ou seja, uma organização para doações ilimitadas de dinheiro.
“Eu criei um Super Pac, chamado America Pac, e estou fazendo algumas doações para ele, mas em uma escala muito menor”, disse o bilionário. “Apoiar a meritocracia e a liberdade individual são os valores-chave desse Pac. Os republicanos estão principalmente, mas não totalmente, do lado do mérito e da liberdade”, complementou.
J.D. Vance, senador de Ohio escolhido para ser dividir a chapa com Trump, também tem suas conexões com o Vale do Silício. Em sua campanha para o Senado em 2022, ele recebeu doações milionárias de Peter Thiel, cofundador do PayPal e investidor inicial do Facebook.
Porém, nesse território Kamala não fica atrás. A revista Wired reportou alguns comentários da indústria de tecnologia em apoio à democrata. “Isso é o que é certo para o nosso país — e para o nosso futuro democrático”, escreveu Reid Hoffman, cofundador e presidente executivo do LinkedIn, no X. “A comunidade de tecnologia deve se unir para derrotar Donald Trump e salvar nossa democracia unindo-se em torno da vice-presidente Kamala Harris”, disse Ron Conway, fundador e sócio-gerente da SV Angel, em entrevista.
Segundo o site de monitoramento apartidário e sem fins lucrativos OpenSecrets, Sam Altman, CEO e fundador da OpenAI, e Sheryl Sandberg, ex-COO do Facebook e filantropa, nomes de peso da tecnologia, já efetuaram doações para a campanha do Partido Democrata.
Empresas de tecnologia que apoiam as eleições americanas:
A cada ciclo eleitoral, a OpenSecrets elabora uma lista com os principais doadores institucionais segmentados por campos de atuação. Em 2024, Big Techs como Meta, Microsoft, Google, Amazon e Oracle já realizaram contribuições:
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Microsoft
US$ 19 bi -
Google Steve Marcus/Reuters Google:
US$ 4 milhões (R$ 22,6 milhões)
Para o Partido Democrata: US$ 2,9 milhões;
Para o Partido Republicano: US$ 885,6 mil;
Para instituições liberais: US$ 244,3 mil;
Para instituições conservadoras: US$ 200 mil;
Para instituições não-partidárias: US$ 1,6 mil.
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Francis Mascarenhas/Reuters Meta:
US$ 1,6 milhão (R$ 9 milhões)
Para o Partido Democrata: US$ 1,09 milhão;
Para o Partido Republicano: US$ 169,2 mil;
Para instituições liberais: US$ 308,6 mil;
Para instituições não-partidárias: US$ 76,3 mil.
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Mike Blake/Reuters Oracle:
US$ 1,5 milhão (R$ 8,4 milhões)
Para o Partido Democrata: US$ 795,7 mil;
Para o Partido Republicano: US$ 667,6 mil;
Para instituições liberais: US$ 74,5 mil;
Para instituições conservadoras: US$ 5,4 mil;
Para instituições não-partidárias: US$ 5,3 mil.
Microsoft
US$ 19 bi
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