Há alguns anos, a tecnologia deixou de ser vista apenas como custo para integrar um interesse estratégico das empresas. Hoje, com vários desafios relacionados à cibersegurança e um crescimento cada vez maior do desenvolvimento de tecnologias imersivas como inteligência artificial, ela se tornou cada vez mais estratégica.
Neste contexto, os C-Levels da área, chamados de Chief Information Officer (CIOs), e Chief Technology Officer (CTOs), estão cada vez mais requisitados. Um estudo realizado com 115 executivos de grandes empresas e instituições brasileiras revela que os executivos C-level de tecnologia têm ganhado novas atribuições, avançando sobre setores como o RH, e assumindo maior protagonismo na tomada de decisões estratégicas das empresas.
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O “Tech C-Level Brasil”, realizada pela consultoria EloGroup em parceria com o TEC Institute, fez entrevistas com CTOs e CIOs de empresas e entidades como Renault, Boticário, Claro, ONS e BNDES para traçar o panorama das TIs e seus líderes em empresas brasileiras.
De acordo com o estudo, 30,4% dos CTOs e CIOs consideram suas áreas de TI parceiras estratégicas, trazendo oportunidades de negócio e ganhos de eficiência viabilizados pela tecnologia para o centro das discussões. Outros 30,4% às percebem como proativas, apoiando a implementação da estratégia corporativa.
“Antes, existia esse senso comum de que a tecnologia não deveria ser um fim, mas um meio para a viabilização dos objetivos de negócio. Hoje, compreendemos que esta é uma visão limitada”, afirma Rafael Clemente, fundador e CEO da EloGroup. “Passamos a ver a tecnologia como uma lente pela qual podemos enxergar uma série de oportunidades. Mas isso exige que a área de negócio tenha também uma fluência e entendimento da tecnologia.”
O novo entendimento é uma consequência da forte transformação tecnológica presenciada durante a pandemia de Covid-19, que levou a um rápido crescimento dos departamentos de TI. O cenário também aumentou a pressão por resultados mais rápidos – 45% dos executivos dizem trabalhar com estratégias digitais de curto prazo, entre um e dois anos.