O bloqueio do TikTok nos Estados Unidos está deixando de ser uma possibilidade para tornar-se realidade. A partir de 19 de janeiro, a plataforma da chinesa ByteDance pode sair do ar no país.
O Tribunal de Apelações do Circuito de Washington (DC) manteve, na sexta-feira (6) a constitucionalidade de uma lei que obriga Apple e Google a removerem o TikTok de suas lojas de aplicativos até a data. Caso não cumpram a ordem, há risco de multas que podem chegar a centenas de bilhões de dólares.
A única forma de isso não ocorrer é que a ByteDance venda o TikTok até essa data, ou que o presidente Biden concorde uma prorrogação. Tim Cook, da Apple, e outros líderes de Big Techs têm discutido uma forma de lidar com o tema, no entanto, analistas apontam que não há muito o que fazer a não ser cumprir a ordem.
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O TikTok vive um cerco nos EUA depois que, em abril, o presidente Joe Biden sancionou uma lei que aprova o banimento da plataforma sob a alegação de que ela deve ser de propriedade de uma empresa estadunidense. Na ocasião, foi dado um prazo de nove meses para que a empresa encontrasse esse comprador.
Os EUA representam o maior mercado do TikTok com 170 milhões de usuários, em seguida, estão a Indonésia, com cerca de 126 milhões de usuários, e o Brasil, com quase 99 milhões.
O TikTok alega que investiu mais de US$2 bilhões naquele país. Caso saia do ar, milhares de contas de empresas e produtores de conteúdo seriam prejudicadas. Além disso, vários dos projetos comerciais e com influenciadores seriam prejudicados.