Com a participação da ministra Tereza Cristina, do Mapa (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), e do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, foi anunciado hoje (8), em transmissão online, a criação de uma nova ferramenta para apoio aos pequenos e médios produtores rurais, por meio de Crédito de Recebíveis do Agronegócio Garantido. A nova modalidade de crédito para a área rural terá garantia da instituição por meio da linha BNDES Garantia, visando incentivar o crédito privado para o agronegócio.
A ministra ressaltou que o processo, iniciado há cerca de um ano, por meio de um “somatório de esforços”, permitiu o anúncio dessa ferramenta “tão importante e inédita para o agronegócio brasileiro”. Apesar de ter um volume ainda reduzido, em comparação a outras operações do banco, o presidente do BNDES salientou que ela marca a entrada da instituição em um mercado de grande futuro para o banco e para a articulação de política pública brasileira, que é o mercado de garantias. “A gente está desconcentrando a indústria de crédito nacional”, disse Montezano. “Pretendemos usar também a garantia para a infraestrutura.”
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O produto financeiro BNDES Garantia permite ao banco atuar como garantidor do crédito, em modelo similar ao que ocorreu no Peac (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), que usou recursos do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos) para assegurar R$ 92 bilhões em financiamentos, no ano passado.
A primeira atuação em modelo piloto do BNDES como garantidor de financiamentos rurais, no valor de R$ 29 milhões, foi realizada com a Cotrijal, cooperativa que reúne cerca de 7,7 mil cooperados e atua em 32 municípios no norte do Rio Grande do Sul. Em 2019, a receita foi de R$ 2,4 bilhões. A Cotrijal está na lista Forbes Agro 100, que listou no ano passado as empresas e cooperativas com maior receita.
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Os recursos foram captados por CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), lançados em oferta pública na terça-feira (6) pela securitizadora Ecoagro em oferta pública. A emissão teve o Banco Alfa como coordenador. “Um projeto piloto, mas que traz a oportunidade de otimizar ao pequeno produtor e também ao médio, operações para ele dar continuidade à sua atividade agrícola”, afirmou Nei César Manica, presidente da Cotrijal. “O agronegócio deve comemorar muito essa iniciativa do Mapa e do BNDES.” (Com Agência Brasil)
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