Os domicílios brasileiros estão consumindo mais chocolate e com maior frequência. Realizada pelo Instituto Kantar, uma pesquisa apresentada nesta sexta (16) pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas mostra que a categoria chocolates cresceu 1,5% no ano passado. Os outros dois mercados acompanhados pela entidade são amendoim e balas e gomas.
A receita do segmento chocolates foi de R$ 11 bilhões, aumento de 2,4% ante 2019. “Esses resultados, em um ano tão atípico como 2020, são muito positivos e reforçam a consolidação da indústria chocolateira”, diz Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab. “Os indicadores da pesquisa Kantar revelam que a indústria brasileira de chocolates tem um potencial significativo para crescer no mercado interno e externo.”
A pesquisa também mostrou que o chocolate faz parte da lista de compras de 82,6% dos lares brasileiros e que elas foram mais constantes no ano passado. A frequência de compra cresceu 9,3% no período, aumentando de 7,5 para 8,2 a quantidade de vezes em que o consumidor esteve nos pontos de vendas no último ano, principalmente nos canais de autosserviço. Essa frequência aumentou 7% em 2020.
No ano passado, a indústria produziu 757 mil toneladas de chocolates que foram vendidas no mercado interno e exportadas, registrando um leve aumento de 0,05%, de acordo com dados da KPMG. Esse volume representa os preparados de cacau, mais os ingredientes como manteiga de cacau, leite, açúcar, lecitina de soja, óleos vegetais e outros. No Brasil, um produto só pode ser considerado chocolate caso sua fórmula contenha 25 % de sólidos totais de cacau.
No campo, os produtores têm feito um esforço gigante para aumentar a oferta de amêndoas de cacau. O Brasil, que já foi o maior produtor global dessa fruta, hoje está em sétimo lugar. De acordo com o IBGE, a atual produção é de 250 mil toneladas por ano, liderada por Pará e Bahia. Mas o volume é insuficiente para a indústria do chocolate.
No ano passado, o Brasil importou 105,5 mil toneladas de cacau e derivados por US$ 320 milhões. Do total, US$ 118,5 milhões representaram 46,5 mil toneladas de amêndoas de cacau. A maior parte dessa matéria-prima veio da Costa do Marfim, na África, que junto com Gana respondem por cerca de 70% do abastecimento global de amêndoas da fruta. No ano passado, o Brasil comprou 23 mil toneladas de amêndoas por US$ 60,5 milhões da Costa do Marfim.
Neste ano, de acordo com o ministério da Agricultura e Pecuária, os dados fechados para janeiro e fevereiro mostram que o Brasil já importou 27 mil toneladas de cacau e derivados no valor de US$ 82,4 milhões, um pouco abaixo de 2020, mas bem acima da média histórica para o bimestre.
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