No Brasil, cerca de 8.000 produtores rurais se dedicam ao cultivo de flores e plantas ornamentais. Eles representam um dos setores mais importantes do campo, por uma característica: são pequenos e médios, organizados em cooperativas na maior parte das vezes. Como a Cooperflora, de Holambra (SP), que há cerca de duas décadas reúne 90 produtores de flores como cravos, rosas e tulipas, chegando a quase 100 o número de espécies cultivadas.
Mas, em todo o país, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as propriedades cultivam mais de 2.500 espécies de 17,5 mil variedades. O estado de São Paulo lidera o ranking de produção e consumo nacional de flores e plantas ornamentais, seguido por Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Quando se trata de consumo, a preferência dos brasileiros é por flores de corte, como rosas, crisântemos, astromélias, lírios e lisiantos. Mas, com a restrição de eventos no país, em razão da pandemia do coronavírus, as flores de vaso como as orquídeas, kalanchoes (flor da fortuna) e antúrios, entre outras, vêm ganhando cada vez mais destaque.
A demanda por orquídea fica evidente nos dados de importação. Em 2020, mesmo com as dificuldades da pandemia e com a alta do dólar, o Brasil importou mais de US$ 20 milhões, sendo 64% das importações originadas da Holanda. O principal produto de importação do setor, que correspondeu a 98% do valor, foram as mudas de orquídeas.
O primeiro semestre é o período de vendas mais importante do ano para o setor. O Dia das Mães, neste final de semana, mais o Dia dos Namorados, correspondem a quase 40% do faturamento anual e representam a renda de milhares de famílias.
Incentivar o consumo de flores tem sido uma das estratégias atuais para recuperar as perdas provocadas pela pandemia. A busca por alternativas têm passado pela utilização do comércio online e por entregas em domicílio. Com as restrições, o setor de floricultura teve redução de quase 40% na comercialização de plantas de corte, um total aproximado de R$ 800 milhões, em 2020. O prejuízo está estimado em R$ 150 milhões para os produtores, R$ 200 milhões para os atacadistas e R$ 450 milhões para os varejistas. (Com CNA)
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