A moagem de cana–de-açúcar no centro-sul do Brasil pode ficar entre 567,2 milhões e 578,1 milhões de toneladas na safra de 2021/22, com queda de até 6,3% no comparativo anual, estimou a consultoria StoneX hoje (3), ao rebaixar sua projeção em meio à seca no principal polo produtor do país.
Na estimativa anterior, divulgada no fim de março, a consultoria previa moagem de 586,1 milhões de toneladas.
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Considerando três possíveis cenários para o processamento de cana no centro-sul, a StoneX acredita que o mais provável é que a moagem atinja a média de 570,2 milhões de toneladas nesta safra. Caso esta hipótese se confirme, a produção de açúcar seria rebaixada em 1 milhão de toneladas ante a projeção de 36,1 milhões vista em março.
“Há indicativos de que as unidades produtoras pretendem alongar a safra, moendo um volume diário de cana abaixo da capacidade máxima, o que pode acabar sustentando o direcionamento da matéria-prima para a produção de açúcar”, afirmou a consultoria sobre a tendência de mix das usinas.
No cenário climático, projeções mais favoráveis traçadas anteriormente, utilizadas como base para uma expectativa de moagem maior, não se concretizaram.
“As chuvas alcançaram apenas 127,7 mm no centro-sul no acumulado entre março e abril, representando firme queda em relação à média de longo prazo, na ordem de 50,3%.”
Além disso, os modelos climáticos seguem sinalizado chuvas abaixo da normalidade ao longo das próximas semanas, o que tem pesado sobre as perspectivas produtivas dos canaviais, acrescentou a StoneX.
Apesar das indicações de que a cana que está sendo colhida agora possa ter uma perda acentuada de produtividade, em meio aos efeitos do tempo seco dos meses anteriores, a consultoria ressaltou que ainda é cedo para confirmar quedas mais intensas na produtividade da temporada como um todo.
“Ponderamos a possibilidade de que a umidade possa se recuperar ao longo dos próximos meses, favorecendo os canaviais a serem colhidos ao final da safra”, pontuou. (Com Reuters)
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