A Copersucar informou hoje (22) que foi abordada para uma possível parceria na Alvean, a maior trading de açúcar do mundo, mas que as negociações não progrediram para algo concreto.
A empresa não divulgou o nome da companhia interessada na compra de uma fatia da Alvean, que pertence totalmente à Copersucar desde que a Cargill vendeu sua participação de 50% no negócio, no início deste ano.
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“Não estamos fechados a possíveis parcerias, seja na Alvean ou em qualquer outro negócio”, disse em uma conferência o presidente-executivo da Copersucar, João Roberto Teixeira, quando questionado por jornalistas sobre se a companhia pretende substituir a Cargill por outro sócio.
A Cargill vendeu sua participação de 50% na Alvean para a Copersucar por um valor não divulgado, em transação concluída no início deste mês.
A Copersucar reportou nesta terça-feira receita de R$ 38,7 bilhões (US$ 7,74 bilhões) em 2020/21, versus R$ 30,1 bilhões da temporada anterior (abril a março). O lucro consolidado foi de R$ 375 milhões, ante R$ 119 milhões há um ano.
A Alvean movimentou 14 milhões de toneladas de açúcar na última temporada, e Teixeira disse esperar um volume semelhante em 2021/22. Desse total, mais de 3 milhões de toneladas foram originadas da Copersucar, com o restante partindo de outras usinas do Brasil e de outros países.
A comercialização de açúcar próprio da Copersucar na safra 2020/21 somou 5,4 milhões de toneladas, ante 3,7 milhões de toneladas no ciclo anterior.
A exortação da commodity impulsionou os negócios, somando 3,4 milhões de toneladas, versus 1,9 milhão no ciclo anterior.
“O resultado financeiro é reflexo de um notável desempenho operacional da companhia, em razão do recorde de embarques de exportação de açúcar pelo Terminal de Santos, das operações de etanol no Brasil…”, destacou a empresa em publicação nesta terça-feira.
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Com o mercado de combustíveis afetado pela pandemia em 2020/21, a Copersucar reduziu suas vendas no setor.
A comercialização total de etanol da Copersucar na safra 2020/21 caiu para 11,1 bilhões de litros, ante 14,2 bilhões no ciclo anterior.
“Fruto da flexibilidade de produção da indústria no Brasil e diferente dos últimos dois anos, a safra 2020-21 foi marcada por um maior direcionamento da produção para o açúcar em detrimento do etanol, face às incertezas gerais da pandemia sobre o consumo de combustíveis no mercado local”, comentou a empresa.
Do total de etanol vendido, um volume de 4,6 bilhões de litros foi comercializado pela Copersucar diretamente. As vendas da controlada norte-americana Eco-Energy somaram 6,5 bilhões de litros, forte queda ante os 9,2 bilhões de litros vendidos no ano anterior.
Teixeira disse que espera uma forte recuperação no mercado dos Estados Unidos, e que acredita que o país avançará em direção ao E15, que prevê uma mistura maior de etanol à gasolina.
“Haverá resistência de alguns, mas a sociedade norte-americana quer esse aumento. Nós acreditamos que ele será implementado”, afirmou.(Com Reuters)
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