A Wilson Sons, uma das principais empresas de logística que atua no país, anunciou a implementação de um projeto inédito em seu Tecon (terminal de contêineres) do Rio Grande do Sul, no complexo portuário Rio Grande. Com o apoio das empresas de logística Gomes e Marques, Aliança Navegação e da consultoria Suporte Corretora, a empresa passará a realizar a estufagem, processo de carregamento em contêiner, por exemplo, evitando espaços vazios na carga.
Com esse tipo de acondicionamento, os produtores de trigo terão vantagens, com menores investimentos na captação de novos mercados e menor índice de perda de grãos. “A logística em contêiner permite a descarga em portos alternativos, possibilitando a expansão da oferta a outros clientes”, afirma Gustavo Leite, diretor da Suporte.
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A estufagem promovida pela empresa também aumenta a confiabilidade do trigo. “A segregação do produto é um aspecto importante na estufagem, pois garante que não se perca identidade do grão e permite rastreabilidade do produto, reduzindo riscos de contaminação”, diz Leite.
Confira abaixo outras notícias do agronegócio:
Prefeitura de Uberlândia (MG) investe em pó de basalto para agricultura
A Luvas Mineradora, empresa nacional que tem à frente o empresário Luís Vasconcelos Borches, vai investir até R$ 200 milhões na construção de uma nova planta de mineração em uma jazida com capacidade para de 24 milhões de toneladas de basalto no município de Uberlândia (MG). A abertura da mina pela empresa da família de empresários que atuam em britagem da região, tem como parceira a prefeitura do município. O basalto, além de servir a mercados de mineração, é utilizado em pó como fertilizante considerado ideal para as fronteiras agrícolas no país.
Abundante na região, a rocha silicática de origem vulcânica tem a capacidade de aumentar o rendimento de produção na ordem de 20% a 30%, com melhoria da sanidade das plantas, maior retenção de carbono no solo, maior resistência às intempéries e menor uso de fertilizantes sintéticos e defensivos, que encarecem os custos da lavoura.
“Esse produto será o futuro do agronegócio brasileiro. O setor tem que se preparar, de maneira sustentável, para alimentar o mundo”, afirma o prefeito Odelmo Leão durante encontro para oficializar a novidade.
Exportações de carne de frango sobem 16,2% em junho
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) divulgou seu levantamento mensal para as exportações de carne de frango. O crescimento foi de 16,2% em junho, comparado ao mesmo período de 2020. Foram 397,4 mil toneladas por US$ 650,6 milhões vendidas no mês passado, com a China em destaque como a maior importadora. O país asiático levou 56,5 mil toneladas.
“Houve uma alta generalizada entre os principais importadores de carne de frango do Brasil, o que se refletiu no bom desempenho das exportações de junho”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA. “Ao mesmo tempo, também ocorreu uma notável elevação nos preços internacionais, resultado da elevação das exportações para mercados importadores de produtos com maior preço médio, assim como do inevitável repasse de custos gerados pela alta dos custos de produção que hoje impacta a avicultura brasileira.”
Ideagri apresenta simulador de produtividade e faturamento para o produtor de leite
Agtech mineira criadora de software de gestão financeira e zootécnica de fazendas, a Ideagri anunciou o lançamento de um simulador inédito para o produtor de leite. O Simulador IILB (Índice Ideagri do Leite Brasileiro) oferece um benchmarking para informar potenciais melhorias na produtividade e faturamento da fazenda.
Através de cinco informações básicas (perfil do rebanho, total de vacas em lactação, produção média diária por vaca, valor recebido por litro e estado de localização da fazenda), os produtores de leite poderão medir qual a diferença, em produção e potencial de faturamento, entre suas fazendas e mais de mil propriedades no país.
“É bater o olho e perceber o quanto pode crescer, o que é um estímulo para o produtor buscar melhor desempenho e lucratividade”, explica Heloise Duarte, diretora operacional da Ideagri.
Yara e Alfa emitem R$ 255 milhões em CRA
A fabricante de fertilizantes norueguesa Yara e o banco Alfa anunciaram a emissão de R$ 255 milhões em CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) para 24 revendas que poderão oferecer linhas de financiamento mais atrativas aos produtores rurais para a aquisição de fertilizantes.
“A Yara é pioneira no mercado de fertilizantes nacional ao oferecer uma nova linha de financiamento que tem como principais benefícios o de alongar o prazo de pagamento dos fertilizantes e também de levar taxas de juros mais atrativas ao campo, fazendo com que o agricultor consiga reduzir seus custos de produção e gerir seu capital de forma mais eficiente”, afirma Pedro Machado, gerente sênior de Finanças da Yara.
O CRA, a maior operação já realizada no país pela Yara, completa o pacote de soluções já ofertado pela companhia, que engloba ainda ferramentas como barter e outras linhas diferenciadas de financiamento. Em 2020, a Yara entregou um total de 9 milhões de toneladas de fertilizantes, com a receita de US$ 3,07 bilhões registrada no Brasil.
Margem de lucro dos confinadores de gado recua 70%
A GA (Gestão Agropecuária), empresa paraense de gestão estratégica da informação para a pecuária, divulgou um levantamento sobre a margem de lucro dos confinadores brasileiros de gado de corte. O resultado mostra que a atividade sofreu uma queda significativa entre janeiro e maio deste ano, de 7,6%, o que significa R$ 461,70 por animal. No mesmo intervalo de 2020, a margem média de lucro foi de 25,6%, ou R$ 1.110,52 por animal.
“Os dados de janeiro a maio evidenciam o grande desafio que os confinadores têm para retomar a lucratividade neste segundo giro de bois confinados, iniciado em junho”, diz Paulo Marcelo Dias, CEO e fundador da GA.
CNA defende autonomia do produtor na produção de energia
Na última quinta-feira (8), a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) defendeu que o produtor rural deve ter autonomia para gerar a própria energia elétrica como forma de reduzir os riscos da atividade e os custos de produção.
“O setor agropecuário está submetido a uma série de fatores de risco climáticos, de mercado e não podemos estar expostos também às variações e imprevisibilidades relacionados ao custo de energia”, afirmou Maciel Silva, coordenador de Produção Agrícola da CNA.
O debate sobre o tema ocorreu durante audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, que tratou do Projeto de Lei nº 5829/19, do deputado Silas Câmara (Republicanos/AM), que institui o marco regulatório da minigeração e microgeração de energia distribuída no Brasil.
“Ter essa autonomia é um fator de risco a menos e os produtores podem contribuir com a ampliação da capacidade instalada principalmente no interior do país”, ressaltou Silva. Ele também explicou que os resíduos agropecuários podem gerar 73 bilhões de metros cúbicos de biometano e mais de 149 TWh (terawatt-hora), ou seja, um amplo potencial para complementar a fonte hídrica.
Sicredi tem R$ 38,2 bilhões para emprestar na safra 2021/2022
A Sicredi, uma das maiores instituições financeiras em crédito rural, com sede no Sul do país, se prepara para auxiliar os produtores na safra 2021/22. Com a meta de realizar cerca de 290 mil operações de créditos, a cooperativa tem à disposição dos produtores cerce de R$ 38,2 milhões.
Desse total, o plano da instituição financeira cooperativa, que reúne mais de 5 milhões de associados em 24 estados, é destinar R$ 21,5 bilhões para operações de custeio, R$ 12,1 bilhões para investimentos, e R$ 1,6 bilhão para comercialização e industrialização. Além desses valores, a perspectiva é conceder R$ 3 bilhões por meio de CPR (Cédulas de Produtor Rural).
“Grande parte dos nossos associados é ligada ao agronegócio, em especial à agricultura familiar”, diz Gilson Farias, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Central Sicredi PR/SP/RJ. “A atuação do Sicredi tem sido focada na oferta de soluções financeiras para a geração de impacto positivo, por meio do crescimento econômico com garantia de sustentabilidade.”
Bunge adota embalagens de papel sustentável para farinha de trigo
Disponíveis para clientes industriais e do setor de food service, as linhas de farinha de trigo da multinacional Bunge agora terão nova apresentação: suas embalagens de papel passam a mostrar que no processo produtivo o balanço de carbono é positivo, captando e fixando mais o gases de efeito estufa do que emite para o meio ambiente.
A mudança no portfólio de produtos de 25 quilos também deve facilitar o armazenamento e aumentar a eficácia contra vazamentos. As embalagens inéditas são produzidas pela brasileira Klabin e contam com a certificação de manejo sustentável FSC (Conselho de Manejo Florestal). “A utilização das embalagens de papel de fontes biodegradáveis certamente facilitará o dia a dia dos nossos parceiros”, afirma Lucélia Vieira, gerente de Marketing da Bunge para a cadeia de Trigo.
O projeto, que inclui adaptações nas linhas industriais da Bunge, começou no ano passado pelo moinho de Ponta Grossa (PR). Agora, será implantado em outras três unidades: Ipojuca (PE), Fluminense (RJ) e Vera Cruz (MG). Este último terá sua produção totalmente migrada para o novo modelo de embalagem.
Secretaria de Agricultura de SP e Esalq assinam protocolo de 5 anos para o agro
No Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador (8), o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Itamar Borges, e o diretor da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), Durval Dourado Neto, assinaram um protocolo de intenções inédito.
O objetivo é realizar ações em conjunto para o desenvolvimento do agronegócio paulista pelos próximos cinco anos. .”Essa iniciativa une duas instituições centenárias para transformar conhecimento em riqueza para o bem comum, para a sociedade”, disse Dourado Neto, diretor da Esalq. O documento prevê o relacionamento permanente entre as partes, com o compartilhamento de bases de dados para pesquisa e a realização de estudos envolvendo pequenos, médios e grandes produtores rurais
“Todos sabem o quanto a Esalq simboliza para a agricultura, para São Paulo e para o Brasil. Por isso, esse protocolo que nos integra com mais pesquisa, inovação e sustentabilidade é um grande passo para a ciência”, afirmou Borges.
O maior custo dos insumos, a retenção de fêmeas, a valorização dos preços do boi magro, as exportações e o dólar em alta são fatores que influenciaram para este cenário. “O ano de 2020 foi positivo para o pecuarista que tinha estoque de insumos, fez uma compra favorável dos animais de reposição e “surfou” tranquilamente a alta da arroba do boi, impulsionada pelo aumento das exportações”, acrescenta Dias. “Ou seja, quem trabalhou com gestão madura, conseguiu aproveitar melhor as oportunidades que o mercado ofereceu.”
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