Nas próximas semanas, a Basf Brasil, uma das principais subsidiárias da multinacional química Alemã, apresentará uma novidade aos produtores rurais chamada Fazenda Basf. Trata-se de uma plataforma online, na qual os agricultores, técnicos e demais profissionais da área poderão trocar experiências e conhecer mais sobre tecnologias. O plano é colocar à disposição do setor um hub de conteúdo no qual estarão eventos técnicos, dias de campo, palestras, lançamentos de produtos e outras ações a serem criadas.
A empresa tem realizado trabalhos nesse sentido, mas com a plataforma estrutura um canal específico destinado à difusão de tecnologias dentro do conceito de transformação digital no campo. Hoje (22), a Basf realizou a primeira ação para um grupo fechado, como experiência, na qual apresentou uma tecnologia em fungicida para soja, um dos setores mais sensíveis no manejo das lavouras. A apresentação do fungicida ocorre depois de uma década de estudos, pesquisas e experimentos de campo. A multinacional gasta, por ano, € 900 milhões nessa seara. Apenas para o Brasil, a previsão é lançar até 2030 cerca de 30 produtos destinados à proteção das lavouras e traits de sementes, além de variedades de sementes de soja, algodão e arroz e outras ferramentas digitais para as lavouras. No ano passado, a receita da Basf foi de € 59,1 bilhões ou US$ 71,58 bilhões.
O mercado global de fungicidas para soja está estimado em US$ 2,4 bilhões na safra 2020/21. Desde a safra 2014/15, esse mercado tem ficado acima de US$ 2 bilhões, justamente porque as principais doenças já apresentam problemas de resistência aos grupos químicos. “O mercado mudou. Até 2005, os herbicidas eram a primeira categoria de produtos usados nas lavouras”, afirma Lars Schobinger, sócio-diretor da consultoria Blink. “Com a chegada da ferrugem asiática isso mudou. Hoje, os fungicidas respondem por 40% do mercado.”
No caso dos fungicidas protetores, que já responderam por 2% do total de fungicidas (que permanecem na superfície das plantas), hoje respondem por 17%, cerca de US$ 410 milhões. Embora haja doenças secundárias nas lavouras, como a mancha-alvo, a ferrugem permanece como a principal preocupação dos agricultores. A tecnologia apresentada pela Basf, que vai nessa direção, serve para o combate dessas duas doenças da soja.
Atualmente, 196,1 milhões de hectares são tratados com fungicidas. “A perda de produtividade pode chegar a 90% no caso da ferrugem, enquanto que o impacto da mancha-alvo pode chegar a 43%”, diz Schobinger. “O produtor precisa ver o que está acontecendo em sua região e definir o melhor momento para entrar com os controles. Porque há um desafio climático e adequação de maquinário no momento das aplicações. O aumento das doenças dependem das condições ambientais.” O consultor foi o primeiro convidado a integrar as ações da plataforma Fazenda Basf e estreou o tipo de abordagem que será realizada em larga escala assim que ela estiver aberta aos produtores.
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