Nesses tempos de pandemia, as lives promovidas todas às terças-feiras pelo sindicato têm mostrado aos produtores da região como manejar o bioma, produzir mais e mitigar os impactos das queimadas. “Na mais recente live falamos sobre produção pantaneira sustentável, com nossos técnicos de campo”, afirma a pecuarista. A próxima, na terça (20), será sobre queima prescrita, com técnicos do ICMBio que vêm conduzindo experiências na unidade de conservação da Serra das Araras. A queima prescrita é um método de prevenção utilizado pelo ICMBio, planejado para consumir o material combustível acumulado no bioma, renovando a vegetação e preservando a diversidade biológica da área. “Como agora começa o período de incêndios, queremos estar bem preparados”, declara Ida.
Ida é hoje uma liderança em sua região e um exemplo de pecuarista focada na preservação do bioma e nas tecnologias que ajudam o produtor a ser eficiente. No ano passado, quando o Pantanal enfrentou um dos períodos com os maiores incêndios e queimadas de sua história, ela estava na linha de frente de combate aos incêndios nas propriedades rurais. Nessa labuta, a pecuarista sabe que não está sozinha.
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Ida tem um time de mulheres com as quais constantemente troca experiências, como na imagem abaixo, na qual ela está com Zulema Neto Figueiredo, diretora do campus da Unemat (Universidade do Estado de Mato Grosso); a tenente-coronel do corpo de bombeiros, Luciana Bragança Brandão da Silva, a primeira mulher a assumir a chefia regional do órgão, em cerimônia que ocorreu ontem (14), e a prefeita do município, Eliane Liberato.
De fato, a história de Ida é plena de mulheres à sua volta. Na fazenda Nossa Senhora do Machadinho, que ela divide com o marido, a filha de 14 anos é presença constante na lida dos 3.200 hectares onde o rebanho de cria entrega todos os anos cerca de 600 bezerros para a venda. A propriedade é parte da herança da fazenda mãe, a Santa Fé do Machadinho, de 15 mil hectares divididos entre os herdeiros. “A minha mãe é pantaneira. Ela se casou com 25 anos e com 27 anos meu pai apresentou um câncer terminal.
Na época, a família morava no Rio de Janeiro e não houve dúvida: voltamos para o Pantanal”, conta Ida. Quando trocou, definitivamente, de vida tinha quatro anos de idade. “Meu avô socou minha mãe no meio do Pantanal. Era ela que cozinhava para os peões e sempre digo que é uma mulher de raça”.
Por conta disso, Ida acredita que sua história não poderia ter sido diferente. “Na minha família tem muita mulher forte. Minhas duas bisavós, minhas duas avós, eram mulheres muito decididas, determinadas, independentes”, afirma. “Tenho um universo feminino em Cáceres.”
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