Os preços da soja voltaram a subir com certa força no Brasil e no mercado externo. Segundo pesquisadores do Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os valores foram impulsionados por dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) indicando área plantada nos Estados Unidos e estoques abaixo do esperado por agentes.
A valorização do dólar frente ao Real também influenciou o movimento de recuperação no Brasil. De 25 de junho a 2 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa/Paranaguá subiu fortes 10,44%, a R$ 164,28 a saca de 60 kg na sexta-feira (2), e recuperando, portanto, parte das perdas observadas em junho. Vale lembrar que, no dia 25 de junho, esse Indicador fechou a R$ 148,74, o menor patamar nominal desde dezembro/20. O dólar, que continua na casa de R$ 5, ajuda o produtores a manter a rentabilidade em real. Uma moeda mais forte costuma ser boa notícia para o produtor brasileiro da commodity.
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Na semana passada, o USDA divulgou que a área plantada com a leguminosa no país era estável, na comparação com a intenção de plantio. Foi uma surpresa, porque os dados de plantio ficaram abaixo do esperado pelo mercado. Para completar o cenário, os estoques trimestrais também ficaram abaixo das estimativas. Nesta safra, os produtores norte-americanos devem plantar 87,6 milhões de acres (35,45 milhões de hectares), área 5% acima do total cultivado no ano passado. Mas, se confirmado, ficará abaixo do que o mercado previa, que era de 89,15 milhões de acres (36,07 milhões de hectares). Os dados da última semana de junho repetem o que já havia sido publicado em março, no boletim anterior do USDA.
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