O Brasil exportará menos milho e soja do que o esperado em 2020/21, estimou a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) hoje (10), ao reduzir mais uma vez a projeção de safra do cereal, atingido na temporada por seca e geadas.
No caso da soja, cuja colheita já foi encerrada, a Conab fez ligeira alta na projeção, apontando a produção em máxima histórica de 135,98 milhões de toneladas.
Mas a estatal citou embarques menores de soja em julho para reduzir a projeção de exportação para o ano no país, maior produtor e exportador da oleaginosa.
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Segundo a Conab, as exportações brasileiras de soja somaram aproximadamente 66,22 milhões de toneladas de janeiro a julho, volume 2,51 milhões de toneladas, inferior ao exportado no mesmo período de 2020.
“Por este motivo as exportações (em 2021) anteriormente estimadas em 86,69 milhões de toneladas passam a ser de 83,42 milhões de toneladas, podendo ser ainda menores caso as exportações dos próximos cinco meses não apresentem um incremento”, disse a companhia.
A produção de soja do Brasil cresceu quase 9% em 2020/21 ante a temporada passada. No caso do milho, a produção foi atingida por intempéries, e a Conab reduziu novamente a projeção da segunda safra, a principal do país, que está sendo colhida ainda.
Com isso, a produção total de milho foi projetada em 87,7 milhões de toneladas, ante 93,38 milhões na previsão do mês anterior, com uma queda anual de 15,5%.
Já a segunda safra foi estimada em 60,3 milhões de toneladas, versus 66,97 milhões na previsão anterior e 75 milhões no ciclo anterior.
Com menor oferta, a Conab reduziu projeção de exportação de milho do Brasil no ciclo para 23,5 milhões de toneladas, ante 29,5 milhões na previsão anterior.
A projeção de importação de milho pelo país foi mantida em 2,3 milhões de toneladas, enquanto a previsão de estoque final foi reduzida mais um pouco, para 5,1 milhões de toneladas. (com Reuters)
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