O Sul de Minas Gerais perdeu 19% de seu potencial de colheita de café para a próxima temporada depois que uma onda de geadas em junho e julho atingiu a área produtora mais importante do maior exportador mundial da commodity, disse hoje (11) a trading do setor Comexim.
“A geada atingiu com força e danos consideráveis foram feitos”, disse a trading, enquanto o mercado global de café continua avaliando a situação no Brasil em meio a opiniões contrastantes sobre o quão ruim será a safra de 2022.
LEIA MAIS: Colheita de café do Brasil vai a 89% favorecida por tempo mais seco, diz Safras
A nova projeção da Comexim é uma atualização ante a visão anterior da exportadora, que estimava dano potencial de 12,5% à safra do sul de Minas.
A companhia também vê perdas potenciais de 13% para a safra cafeeira de São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, de 13% para a área do Cerrado Mineiro, e de 11% para o Paraná, um produtor menor do grão.
A safra de 2022 do Brasil seria um ano positivo no ciclo de produção bienal do arábica, que alterna anos de maior e menor colheita. A temporada atual foi um duro ano do ciclo negativo, já que a pior seca dos últimos 90 anos no país tornou a produção ainda menor do que o normal. A Comexim acredita que os preços de referência do café arábica em Nova York ainda não refletiram adequadamente os danos causados no Brasil.
“Os ventos calmos do mercado, que negociou na faixa relativamente estreita entre US$ 0,171 a US$ 0, 182 por libra-peso na semana passada, nos faz imaginar o que está acontecendo, porque os danos da geada apontaram para um mercado altista que ainda não se tornou realidade”, disse a trading.(Com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.