Na última sexta-feira (22), a Blended Finance Taskforce, iniciativa da empresa de serviços ambientais londrina Systemiq para mobilizar capital privado para os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), lançou o relatório ‘Acelerando o financiamento para uma agricultura sustentável no Brasil”.
De acordo com o estudo, o país pode “usar as finanças para transformar seu sistema alimentar, em um cenário que seja positivo para as pessoas e o planeta, ajudando a impulsionar o crescimento econômico, a geração de empregos e, ao mesmo tempo, promovendo a opção de alimentos saudáveis, melhorando qualidade de vida das pessoas, protegendo a natureza e respeitando os compromissos climáticos”.
Para atingir o sistema “positivo” indicado pelo relatório, o Brasil deve criar um sistema de alimentação que continue a gerar crescimento econômico e alimentar a crescente população, mas também oferecer dietas nutritivas e proteção ao meio ambiente.
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Como resultado da mudança de modelos, o estudo afirma que teria como benefícios:
1 – Redução em US$ 300 bilhões dos custos anuais em economia, meio ambiente e saúde pública;
2 – Geração de US$ 70 bilhões em novas oportunidades de negócios por ano em 2030;
3 – Criação de até 8 milhões de novos empregos até 2030.
De acordo com a Blended Finance Taskforce, o investimento necessário para a mudança seria de aproximadamente US$ 21 bilhões por ano.
ABPA & Apex-Brasil renovam convênio para promover exportações
Os presidentes da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, e da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Augusto Pestana, assinaram na última quarta-feira (20) um novo convênio setorial para promoção das exportações da avicultura e da suinocultura do país.
O convênio é válido até 2023 e contemplará mentoria técnica e apoio para campanhas de imagem, workshops com stakeholders e ações especiais em feiras de diversos mercados-alvo para os setores exportadores de carne de frango, carne suína, carne de pato, ovos e material genético avícola. As perspectivas de negócios gerados apenas em ações em grandes feiras de alimentos apoiadas pelo convênio superam US$ 3,5 bilhões, conforme projeções da ABPA com base em convênios anteriormente firmados com a Apex-Brasil.
“Falamos de impactos diretos na geração de emprego e renda para a população. Mais exportações significam mais investimentos e recursos circulando nos pólos onde as indústrias estão instaladas, no interior do País. É um enorme impacto social”, avalia Santin.
Ifood, Nestlé, Carrefour e M. Dias Branco se unem em campanha contra o desperdício
Em cenário onde o mundo desperdiça 1/3 dos alimentos que produz, a foodtech brasileira Ifood criou o movimento “Todos à Mesa”, em que reúne empresas como Nestlé, Carrefour e M. Dias Branco para combater o desperdício de alimentos a partir da redistribuição de alimentos excedentes.
A ideia é que alimentos dentro da validade, mas que não possuem tempo para ir às prateleiras, sejam direcionados a uma rede humanitária de redistribuição de alimentos.
Para auxiliar na gestão, o movimento contará com o apoio da Connecting Food, startup brasileira de impacto social. “Durante a primeira semana do movimento Todos à Mesa, mais de 68,5 toneladas de alimentos já foram doados”, afirma Alcione Silva, fundadora e CEO da Connecting Food.
Valmont testa solução para acelerar conectividade rural
A Valmont, subsidiária norte-americana de equipamentos de irrigação no Brasil, anunciou um projeto para automatizar seus sistemas no país. Por meio de uma parceria com a Trópico, empresa de telecomunicações, a companhia de irrigação montou uma rede celular privada para um produtor do sudoeste de Minas Gerais monitorar os sistemas de irrigação através de seu aparelho móvel.
Desta forma, o celular com rede privada dribla a falta de cobertura de redes públicas, um dos obstáculos para produtores digitalizarem o seu negócio além da área de atuação de operadoras.
“Buscamos na parceria com a Trópico uma solução definitiva e de longo prazo para um problema enfrentado por diversos clientes que têm interesse em investir neste tipo de tecnologias”, comenta Renato Silva, general manager da Valmont Brasil. “A nova tecnologia de agronomia avançada integra câmeras ao pivô, para a obtenção de imagens em alta resolução. As imagens são transmitidas e analisadas por meio de visão computacional, monitorando o estado da lavoura. Esse grande volume de dados – armazenado na nuvem – precisa ser transmitido e com alta velocidade.”
Minerva Foods lança aplicativo de monitoramento de fornecedores
A Minerva Foods, empresa sediada em Barretos (SP) que atua na produção e comercialização de carne in natura e seus derivados, lançou o aplicativo “SMGeo Prospec”, uma ferramenta para análise de fornecedores de gado em toda cadeia produtiva do agronegócio.
Desenvolvido pela Niceplanet Geotecnologia, o app permite aos produtores de gado realizar pesquisas geoespaciais detalhadas, com acesso aos históricos e análises socioambientais das fazendas, utilizando o Sicar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural) da própria fazenda ou dados cadastrais dos proprietários e responsáveis declarados no Sicar, como arrendatários, sócios e outros.
As consultas poderão ser realizadas a partir da aquisição de vouchers, que permitirão o acesso aos dados detalhados de cada fazenda. Cada consulta terá a validade de 10 dias corridos e os vouchers estarão disponíveis para compra no próprio aplicativo.
“Com o Prospec, os produtores de todo Brasil podem acessar de maneira simples e intuitiva dados que mostram se as fazendas e fornecedores prospectados têm ligação com o desmatamento ilegal ou estão atuando sem conformidade com boas práticas e leis ambientais e sociais”, destaca Taciano Custódio, diretor de sustentabilidade da companhia.
Superbac inaugura nova fábrica na América Latina
A Superbac, empresa brasileira de soluções em biotecnologia, inaugurou a Superbac Innovation Center, uma nova e moderna fábrica no município de Mandaguari (PR).
A conclusão da biofábrica é a fase final de um projeto iniciado em 2015, que contempla os laboratórios e toda a estrutura de P&D, onde atuam cerca de 60 pesquisadores, formando o novo Superbac Innovation Center.
O investimento foi de R$ 100 milhões, sendo metade desse montante destinado à construção da biofábrica. A capacidade de produção é de 50 mil litros, por ciclo
Rally da Pecuária volta a campo para medir o desempenho do setor de proteína animal
Em formato digital, para colaborar com medidas de distanciamento social, a 10ª edição do Rally da Pecuária, promovido pela consultoria Athenagro, acontecerá entre os dias 27 de outubro e 1 de dezembro. Com isso, as pastagens serão analisadas com base em imagens de satélite, informações de centros de pesquisa e institutos de estatísticas, vistorias e dados históricos do Rally. As visitas aos produtores, que antes eram presenciais, também acontecerão de maneira digital, através de plataformas de videoconferência.
O objetivo de analisar o setor diante cenário em que a produção brasileira de carne bovina acumula queda de 7,2%. “O desafio de cumprir os objetivos do Rally da Pecuária é grande, visto que nas nove edições anteriores a troca de informações com o campo foi presencial. Não podíamos adiar mais um ano. Acreditamos que o Rally da Pecuária possa contribuir com informações importantes sobre a produção no Brasil, a demanda total de carne e as questões ambientais”, diz Maurício Palma Nogueira, CEO da Athenagro e coordenador do evento. Ao longo de cinco eventos regionais online, Nogueira apresentará dados sobre a evolução da produção, rebanho e exportações nos estados do Sul, os resultados por nível de tecnologia e preços de mercado.
Sociobioeconomia do Pará tem potencial de gerar R$ 170 bilhões
Na última terça-feira (19), durante o Fórum Mundial de Bioeconomia, a TNC (The Nature Conservancy), ONG global em busca da conservação da biodiversidade, divulgou o estudo “Bioeconomia da sociobiodiversidade no estado do Pará”, realizado em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e a empresa de cosméticos Natura.
Ao projetar os ganhos econômicos potenciais futuros nas próximas duas décadas, com políticas públicas adequadas, o estudo mostra que com as cadeias produtivas do açaí, cacau-amêndoa, castanha, copaíba, cumaru, andiroba, mel, buriti, cupuaçu e palmito, a renda total gerada pode chegar a R$ 170 bilhões em 2040.
O documento, que traz análises socioeconômicas inéditas sobre os impactos das cadeias produtivas da sociobiodiversidade no estado, analisou 30 produtos paraenses desde a produção até a comercialização. O PIB gerado por essas cadeias foi de R$ 5,4 bilhões. Além disso, os produtos também geraram cerca de 224 mil empregos.
Sitawi capta R$ 1 milhão para negócios da Amazônia
Por meio de uma rodada de empréstimo coletivo lançada na última terça-feira (19), a Oscip (organização social de interesse público) Sitawi Finanças do Bem captou cerca de R$ 1 milhão em apenas 48 horas.
O valor levantado viabiliza o financiamento de um dos dois negócios de impacto socioambiental que foram abertos para receber investimentos. Um deles é a Cofruta, cooperativa de extrativistas do Tocantins que atua na produção e beneficiamento de frutas, polpas, geleias, sucos, xaropes e doces. A iniciativa atingiu 100% dos R$ 400 mil que possuía como meta para investimento no beneficiamento de matéria-prima e formação de estoque.
Salton conquista oito medalhas no 12º Concurso do Espumante Brasileiro
A vinícola gaúcha Salton, com sede em Bento Gonçalves, conquistou novas medalhas para seus espumantes durante o 12º Concurso do Espumante Brasileiro, maior evento e único que realiza a avaliação de 100% de rótulos nacionais.
A Salton conquistou oito medalhas, dentre elas duas “Sabre de Ouro”, distinção especial concedida a espumantes que se sobressaíram em suas categorias, para os espumantes Brut e Brut Rosé. A vinícola de foi a única no concurso a conquistar dois destaques desta categoria.
Segundo a organização, a 12ª edição do evento foi a maior da história do concurso que ocorre desde 2001, reunindo 424 amostras de 93 vinícolas brasileiras.
Brasil atinge marca histórica com energia solar
A Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), anunciou que o Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 11 gigawatts de potência operacional de fonte solar fotovoltaica em usinas de grande porte e em sistemas de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos.
De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao país mais de R$ 57,2 bilhões em novos investimentos, R$ 15,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 330 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 12,5 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
“As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, diz Rodrigo Sauaia, CEO da Absolar.
Gira, AgTech do Santander, inicia abertura de rede de lojas
Após vender 80% de sua titularidade ao Santander, em agosto do ano passado, o Gira, agtech de recebíveis do agronegócio, iniciou a abertura de lojas físicas nos municípios de Confresa e Matupá, em Mato Grosso, e planeja outras iniciativas ainda neste ano.
A startup oferece a pequenos e médios produtores operações de barter, que consistem na antecipação de insumos em troca de parte da produção futura. A expectativa para este ano é comercializar 300 mil toneladas de grãos, entre milho e soja, o que significa 20 vezes mais sobre as operações de 2020.
No total, o Gira terá seis lojas no Centro-Oeste e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Pará. Por enquanto, as operações da agtech são limitadas a R$ 10 milhões por produtor ou áreas de até dois mil hectares. “Este resultado pode ser alcançado devido à capilaridade da nossa operação, o que nos faz agregar produtores não bancarizados ou por não terem garantias além de sua própria produção”, diz Gianpaolo Zambiazi, CEO do Gira.
Aplicativo para integração entre produtores rurais e criadores de abelhas pode aumentar a produtividade em fazendas
Com mais de 1000 usuários, o aplicativo da AgroBee, agritech que promove união entre produtores rurais e criadores de abelhas, ganhou uma nova versão para facilitar a integração entre ambas as partes.
Com o aplicativo, a empresa espera criar uma relação de ganhos mútuos entre produtores rurais e apicultores, promovendo uma agricultura sustentável e de preservação do meio ambiente. O valor do serviço de polinização assistida inteligente é cobrado por hectare e mais de 70% do seu total é direcionado aos apicultores.
Fora o impacto positivo na renda dos produtores de abelhas, a integração entre ambas as partes também já demonstrou efeitos na produtividade de culturas. Um dos resultados recentes do serviço de polinização inteligente na cafeicultura, em parceria com a Nespresso, foi o da fazenda São Paulo localizada em Patrocínio (MG), em que houve um aumento de produtividade em 20% e + 3 pontos na pontuação da bebida do café.