A BRF, união das empresas Sadia e Perdigão, entrou pelo segundo ano consecutivo no ranking global “World’s Best Employers” (Melhores Empregadores do Mundo), publicado pela revista Forbes. A companhia foi a única brasileira do setor de alimentos a aparecer no ranking de 750 empresas globais.
Ocupando a 416ª posição, a empresa também foi a mais bem classificada dentre as empresas brasileiras que estão na lista: o banco Bradesco (579º lugar) e a petroquímica Braskem (586º lugar). “Figurar no ranking das melhores empregadoras do mundo nos enche de orgulho e é indicativo do cuidado genuíno que temos com os nossos mais de 100 mil colaboradores. Propiciamos um ambiente de trabalho seguro, acolhedor e motivador para o desenvolvimento pessoal e profissional de nossa gente”, comenta Weliton Shalabi, head global de aquisição de talentos e transformação digital do RH da BRF.
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Para a compilação da lista de “Melhores Empregadores do Mundo”, a Forbes entrevistou cerca de 150 mil colaboradores, de 58 países, que atuam em multinacionais em tempo integral e parcial. São considerados fatores como imagem, economia, desenvolvimento de talentos e responsabilidade social.
Marfrig economiza horas de trabalho com robôs de automação
Em 2020, a brasileira Marfrig, uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, começou a implantar robôs de automação para processos de repetição como, por exemplo, copiar dados. Agora, com 20 destas ferramentas instaladas no Brasil, Chile, Uruguai e Argentina, a companhia afirma ter economizado 9.000 horas de trabalho.
“Os robôs de automação são como funcionários compartilhados entre as áreas. Nós adquirimos uma licença, eles recebem a agenda de atividades e depois executam,” diz Joel Santiago, diretor de tecnologia da informação da Marfrig. “Investimos em explicar como a tecnologia funciona, mostrando que é um software capaz de navegar por sites, acessar sistemas e fazer atividades repetitivas. Quando as pessoas entenderam como o mecanismo funciona, as áreas começaram a demandar o uso dos robôs de automação.”
A adoção dos robôs também foi capaz de reduzir a ocorrência de erros operacionais. “Pedidos digitados manualmente de maneira errada, por exemplo, fazem com que a mercadoria fique parada na unidade em vez de ser transferida. Os robôs garantem que esse processo seja feito de maneira correta”, diz Santiago. Com capacidade diária de abate de 31.800 bovinos, nos últimos 12 meses a receita líquida da Marfrig foi de R$ 72,9 bilhões.
Negócios durante Anuga podem render US$ 490,2 milhões à avicultura
Durante a feira de Anuga, na Alemanha, considerada uma das maiores do mundo para alimentos e bebidas, a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) apresentaram um espaço exclusivo das agroindústrias de aves, suínos e ovos produzidos no país. Entre os dias 9 e 13 de outubro, as empresas no estande das entidades gerou US$ 34,8 milhões em negócios.
Fora o valor levantado pela ABPA com a Apex, exportadores que participaram do evento, como as marcas Pif Paf e Seara, fecharam cerca de 840 contratos e projetam US$ 490,2 milhões para o setor nos próximos 12 meses gerados a partir da feira.
“Como nossa primeira ação desde a pandemia no mercado europeu, superamos todas as expectativas que tínhamos para o primeiro grande evento”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA. “Além das expectativas positivas de negócios, foi um marco importante institucional, com forte presença política em nosso espaço, além do restabelecimento presencial das relações com stakeholders, importadores e outros elos do mercado que gerou para nós, só nos nove primeiros meses deste ano, US$ 310 milhões em exportações.”
Festival do Sebrae valoriza “sabores de Juazeiro”
Terminou ontem (17), o 1º Festival Gastronômico de Juazeiro (BA), organizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Com a participação de cerca 40 estabelecimentos e mais de 100 pratos, o evento mostrou os sabores da região baiana.
O evento também ganhou as redes sociais com curiosidades sobre a gastronomia da cidade e informações sobre cursos, palestras e pratos servidos.
“O festival é uma importante ação para o setor de gastronomia, altamente afetado pelas restrições impostas pela pandemia”, afirma Carlos Cointeiro, gerente regional do Sebrae.
“Participar do Festival não está sendo só sobre vendas, visibilidade e culinária, o que é muito importante, mas também todo o acesso à capacitações relevantes para a melhora do negócio.”
Conserv comemora um ano com 8.500 hectares de floresta no programa
Criado pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), junto ao EDF (Environmental Defense Fund) e ao Woodwell Climate Research Center, o programa Conserv, que remunera produtores rurais da Amazônia Legal comprometidos em conservar áreas de vegetação, comemorou na última quinta-feira (14) o seu primeiro ano de existência divulgando os resultados.
Desde outubro de 2020, o mecanismo privado e de adesão voluntária já remunerou 25 produtores do município de Sapezal (MT) e ajudou a conservar cerca de 8.500 hectares de floresta — o equivalente a 11.500 campos de futebol. Como resultado do sucesso, o Ipam deve apresentar o programa na COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática), que ocorre entre 31 de outubro e 12 de novembro em Glasgow.
Grupo BMV lança as primeiras CPRs Verdes
O Grupo BMV (Brasil Mata Verde), empresa de tecnologia ESG de Goiânia (GO), lançou suas primeiras CPRs (Cédulas de Produto Rural) Verdes, documento criado pela lei 13.986/20 (a nova lei do Agro) permitindo vantagens financeiras para o produtor que executa ações de preservação ambiental em sua atividade.
A ESG Tech origina suas UCSs (Unidades de Crédito de Sustentabilidade), lastreadas nas CPRs verdes, em suas reservas junto a cerca de 200 produtores parceiros, totalizando aproximadamente 778 mil hectares nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. Comercializadas na plataforma Tesouro Verde, cada UCSs vale, hoje, cerca de R$ 175.
“Esse é um mercado com um enorme potencial para o nosso país e que pode render, em divisas, até R$ 1 trilhão”, afirma a economista Maria Tereza Umbelino, fundadora e CEO do Grupo BMV.
B3 começa a negociar via Fiagro
Na última quinta-feira (14), ocorreu o início de negociação das cotas do primeiro Fiagro (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais) na B3. Gerido pela Riza Asset, o fundo Riza Agro-Fiagro, negociado com o ticker RZAG11, permite que o investidor aloque recursos no setor do agronegócio e em cadeias produtivas agrícolas, sendo uma opção de diversificação de investimento em um segmento de grande representatividade na economia nacional.
“O Fiagro vai possibilitar ao investidor aplicar seus recursos no agronegócio. A gestão profissionalizada dos fundos, a exemplo do que acontece no mercado imobiliário, facilita o caminho do investidor”, explica Rogério Santana, diretor de relacionamento com clientes da B3. “Esse incentivo, aliado a benefícios fiscais como isenção de IR para Pessoa Física, por exemplo, pode contribuir de forma exponencial para a atração de investimentos para o agronegócio, trazendo desenvolvimento ao setor.”
A nova modalidade de fundo está disponível desde agosto, quando a B3 passou a considerar a listagem para as categorias de Fiagro-FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), Fiagro-FII (Fundo de Investimento Imobiliário) e Fiagro-FIP (Fundo de Investimento em Participações), em linha com a regulamentação editada pela CVM.
Syngenta obtém registro para nova tecnologia herbicida
A Syngenta, empresa global sediada na Suíça de químicos para o agronegócio, obteve o registro para a produção de um novo herbicida pré-emergente para o controle precoce contra plantas daninhas de folhas largas e estreitas, como capim amargoso, capim pé de galinha, caruru, buva, vassourinha de botão, trapoeraba, leiteiro, picão preto, dentre outras
“Observamos que o produtor tem procurado por herbicidas com atuação de maior espectro de controle e com alta seletividade à soja. Por isso a maior utilização de produtos pré-emergentes, que além de realizar o controle precoce, facilitam o manejo operacional na pós-emergência”, explica Danilo Cestari, gerente do portfólio de herbicidas da empresa.
O executivo esclarece que o produto visa a proteção do potencial produtivo, uma vez que reduz o banco de sementes, promove o controle simultâneo das principais gramíneas e folhas largas, e atua com alta seletividade, não provocando fitotoxidade.
Clima impacta produção mundial de trigo na safra 2021/22
A Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) reuniu representantes da cadeia tritícola mundial para debater o panorama e perspectivas para a “Safra Internacional 2021/22”.
Avaliando safra, qualidade, volume, estoques e comportamento de preços de países como Argentina, Canadá, Estados Unidos, Paraguai, Rússia/Ucrânia/Lituânia, União Europeia e Uruguai, a entidade afirma que o clima impactou a cadeia mundial e resultou em uma safra menor do que o esperado do ciclo 2021/22.
“A seca foi um dos principais fatores de redução da safra, especialmente para os produtores do hemisfério Norte. Por outro lado, o excesso de chuva em alguns países também impactou negativamente, nesse caso em relação à qualidade do trigo”, explicou Roberto Sandoli Jr, moderador do webinar que reuniu a cadeia e gerente de relacionamentos da Hedgepoint Global Market, empresa sediada em São Paulo (SP) de produtos e serviços de gestão de risco financeiro para mercados globais de commodities.
Na última terça-feira (12), o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu suas previsões para a safra global 2021/22 em 4,4 milhões de toneladas. A previsão atual são 775,9 milhões.
Embrapa apresenta tecnologias sustentáveis a 32 países africanos
Durante o evento “O Brasil e a África no agro”, realizado pelo MRE (Ministério das Relações Exteriores) na quarta-feira (13), a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) apresentou tecnologias sustentáveis em agricultura tropical para embaixadores de 32 países africanos
Representada pelo diretor de pesquisa e desenvolvimento, Guy de Capdeville, a estatal destacou os sistemas de ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), adotados em mais de 11 milhões de hectares no Brasil, com capacidade de aumentar a produtividade sem expansão do uso de terras. Também discorreu sobre os benefícios do uso de tecnologias digitais na agricultura, como drones e robôs, biofortificação e a adoção do SPD (Sistema de Plantio Direto), técnica de semeadura na qual a semente é colocada no solo com o uso de semeadoras especiais.
“A ciência que move a agricultura do país resultou em números impactantes, entre os quais destacam-se: o aumento de 65 vezes na produção de carne de frango; 509% de grãos; 315% de arroz e 240% de milho e trigo”, diz Capdeville. “A pujança do agro brasileiro é fruto de investimentos em C&T e capacitação de pessoal nessa área.”
Recebimento de cacau da safra temporã se encerra com alta de 29%
As indústrias processadoras de cacau registraram um aumento no recebimento de amêndoas durante a safra temporã no Brasil, que começou em maio e terminou no mês passado. O volume total recebido pelas moageiras cresceu 29,4% em comparação a 2020, de acordo com a AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau), com base no levantamento do SindiDados. As associadas à AIPC receberam 132.382 toneladas de amêndoas nesta safra temporã, enquanto no ano passado o volume foi de 102.256 toneladas.
O bom desempenho veio da Bahia, cujo recebimento chegou a 94.534 toneladas, alta de 73,4% em comparação com 2020. Já o recebimento do Pará caiu 24%, para 34.371 toneladas. A moagem, no entanto, cresceu 13,8%, passando de 81.593 toneladas em 2020 para 92.899 toneladas em 2021.