A Culte, marketplace e plataforma de operações de crédito sediada em São Paulo (SP), está desenvolvendo uma coleção com 10 mil NFTs para apoiar a agricultura familiar. Os lucros obtidos com o grupo de ativos digitais, chamado “Green Bulls Club”, servirão à criação de um fundo para comprar toda a inadimplência de empréstimos de agricultores junto às instituições financeiras.
“A maioria dos agricultores não têm acesso a serviços bancários e, por isso, encontram dificuldades de alavancar sua produção”, explica Cláudio Rugeri, CEO da empresa.
“Muitos possuem pequenas restrições ou não têm histórico bancário ou comprovação de renda, o que dificulta a captação de recursos junto a fundos e instituições financeiras”. O objetivo é atrair financiadores nacionais e internacionais a juros baixos, uma vez que os empréstimos não terão riscos de inadimplência. Segundo Rugeri, ao menos 50% dos financiamentos serão destinados às mulheres, mesmo porcentual direcionado para o Norte e Nordeste do país.
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Balanço social da Apta mostra retorno das pesquisas
A quarta edição do Balanço Social da APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, revelou que a cada um real investido das unidades de pesquisa da entidade, R$ 16,23 são revertidos para a sociedade em novos negócios.
Na última quarta-feira (23), a agência também anunciou que recebeu R$ 50 milhões do governo do estado de São Paulo para as diversas atividades do órgão. Se o investimento fosse totalmente direcionado às pesquisas, a agência iria gerar cerca de R$ 8,1 bilhões em novos negócios.
“De forma simples e direta, esse resultado mostra para a população, financiadora de nossos estudos, que investir nos nossos projetos significa melhorar a produtividade, reduzir o impacto ambiental, disponibilizar alimentos saudáveis e mudar a realidade dos produtores rurais, pescadores e agroindústrias paulistas e brasileiras”, afirma Sergio Tutui, coordenador da APTA.
No período de 2018 a 2021, foram investidos R$ 1,23 bilhão nas atividades da agência, contabilizados a partir de diferentes origens e aplicações, como recursos do governo estadual, captação privada e investimentos de agências de fomento estadual e federais.
Atividades indígenas conservam 114 milhões de árvores na Amazônia
Os povos indígenas Apurinã, Paumari, Jamamadi e Deni, que vivem no sul e sudoeste do Amazonas, contribuíram, em 2021, para a conservação de um estoque de carbono equivalente a 114 milhões de árvores em pé. Eles integram as atividades do projeto Raízes do Purus, que apoia o manejo sustentável de pirarucu, castanha, copaíba e açaí, e implementação de sistemas agroflorestais nestes territórios, com patrocínio da Petrobras.
O estudo analisou 246 mil hectares de florestas onde ocorrem as atividades de manejo apoiadas pelo Raízes do Purus. “A ideia foi quantificar as emissões de gases efeito estufa que foram evitadas pelas ações de conservação do projeto, desenvolvidas por meio de vigilância, monitoramento territorial e proteção de ambientes aquáticos que são manejados”, explica Rogério Ribeiro Marinho, autor do relatório e especialista em clima e ambiente da Universidade Federal do Amazonas.
O relatório estima, ainda, que durante os quatro anos em que o projeto será executado, entre 2021 e 2024, sejam removidos da atmosfera mais de 1 milhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente. O projeto contribui de forma direta e indireta na conservação de mais de 2,3 milhões de hectares de floresta amazônica.
Tirolez economiza 105 milhões de litros de água nos últimos dois anos
A Tirolez, fabricante de laticínios sediada em São Paulo, conseguiu reduzir seu consumo de água nos últimos dois anos e economizou 105 milhões de litros. O impacto ocorre após a empresa investir no reaproveitamento de água do soro do leite e em programas internos de redução do desperdício de água.
“Com esses reaproveitamentos, há a redução da pressão sobre as fontes naturais, como rios, nascentes e poços. Além disso, os volumes reaproveitados deixam de ser lançados como efluentes industriais no meio ambiente, o que torna as iniciativas fundamentais do ponto de vista de ESG”, explica João Vitor Ferreira, gerente de saúde, segurança e meio ambiente na empresa.
Agrotis anuncia nova filial em Mato Grosso
A curitibana Agrotis, empresa de desenvolvimento de software para o agronegócio, está abrindo uma nova filial no município de Sinop, em Mato Grosso.
“Sempre acompanhamos de perto o desenvolvimento do agronegócio na região. Por isso, já contávamos com colaboradores residindo no local antes mesmo da abertura da filial. A decisão por esse investimento se deu de forma natural”, explica Manfred Leoni Schmid, CEO da Agrotis. A nova filial deve intensificar as operações na região. O Valor Bruto da Produção Pecuária no estado cresceu 69% donos últimos quatro anos. Em 2021 ele foi de R$ 193 bilhões.
Coplacana cresce 50% e fatura R$ 3 bi em 2021
A Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo), com sede em Piracicaba (SP), ultrapassou a marca de R$ 3 bilhões em vendas, no ano passado. Em 2020 foram R$ 2 bilhões.
“A cultura de cana é responsável por 68% do nosso faturamento, enquanto os outros negócios resultam em 32%, número que comprova nosso processo de expansão associado à diversificação de culturas”, explica Fabio Veloso, diretor de operações da cooperativa. Além de São Paulo, a cooperativa está nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná, com atuação nas áreas de grãos, rações, confinamento e serviços.
Fazendas de flores e plantas de Holambra esperam por turistas
Inspirado no evento tradicional “Kom in de kas!” (traduzido como “entre na estufa!”), que acontece em diversas regiões da Holanda desde a década de 1970, produtores de Holambra (SP), município com larga produção e comercialização de flores e plantas ornamentais, voltam a abrir as suas fazendas para que os turistas e estudantes de agronomia visitem os “bastidores” de suas produções.
São três rotas diferentes, sendo que cada uma delas passa por duas produções. A versão brasileira do evento mostrará todo o processo de cultivo de seis fazendas modernas e as instalações da Faculdade de Agronegócios de Holambra.
As flores escolhidas para esta edição do “Estufas Abertas” são as plantas ornamentais (Brumado e Giardino de Cozi), kalanchoes e calandivas (Joost van Oene), crisântemos (Rancho Raízes), azaléas (Sleutjes) e antúrios (Symphony).
Cachaça do interior paulista é eleita a melhor do mundo
A Engenho Dom Tápparo, cachaçaria de Mirassol (SP), ganhou todos os prêmios master da competição The Global Spirits Masters, que avalia e premia a excelência na produção de destilados produzidos ao redor do mundo. As cachaças “Duas Madeiras Extra Premium”, “Carvalho Americano 10 Anos” e “Cabaré Extra Premium” foram selecionadas como grandes vencedoras da premiação.
“Nossa trajetória tem sido marcada pela constante busca pela qualidade e inovação sem que a tradição se perca nesse processo, por isso estamos muito felizes e gratos por essa importante premiação”, afirma Breno Tápparo, diretor de produção do Engenho Dom Tápparo.
Korin Alimentos lança selo de bem-estar animal
A Korin Alimentos, produtora de frangos e ovos orgânicos, registrou o selo NAAU (Nenhum Antibiótico e Nenhum Anticoccidiano utilizado). A criação da certificação conta com o apoio da Aval (Associação Brasileira da Avicultura Alternativa) e do Centro de Pesquisa Mokiti Okada, conhecido como criador da agricultura natural.
O selo foi desenvolvido para garantir ao consumidor que os produtos são isentos de qualquer substância que interfira na fisiologia do animal. “Para controlar de forma remediativa e prevenir doenças que surgiram com a mudança de habitat das aves, surgiram antibióticos e anticoccidianos, que tiveram um papel decisivo na produção, pois anularam a percepção do animal sobre seu próprio estado de saúde. Uma dessas doenças é conhecida como coccidiose [doença parasitária que ataca o intestino das aves]”, explica Jorge Konrado Xavier de Melo, médico veterinário responsável pela nutrição animal da Korin Alimentos. “Ao promover a saúde, não precisamos nos preocupar com a doença.”
TerraMagna vai abrir cerca de 150 vagas de emprego
A TerraMagna, fintech de crédito para o agronegócio, com sede em São José dos Campos (SP), vai contratar 150 novos colaboradores em 2022. As oportunidades serão em diversas áreas como comercial, financeiro, geoprocessamento, marketing, desenvolvimento e recursos humanos.
“Há times trabalhando em diferentes modalidades, como presencial, híbrido e remoto, por isso temos oportunidades para profissionais de todo o Brasil e, por que não dizer, de fora também”, diz Maurício Cabral, coordenador de experiência do colaborador. Durante 2021, a TerraMagna ofertou mais de R$ 700 milhões em crédito e espera chegar neste ano a R$ 1,2 bilhão.