As exportações de carne suína do Brasil caíram 7% entre janeiro a abril, para 327,3 mil toneladas, disse a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) hoje (13), com recuo na demanda chinesa devido à recomposição do rebanho do país após efeitos da peste suína africana em anos anteriores.
A receita teve retração de 16,3%, para US$ 692 milhões neste ano, mostraram os dados que consideram embarques de produtos in natura e processados.
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A China segue como principal destino das exportações realizadas no ano até abril, com 118,6 mil toneladas, mas o volume é 35% inferior ao adquirido no mesmo período de 2021.
Na segunda posição, Hong Kong reduziu as aquisições do quadrimestre em 34,8%, para 33,8 mil toneladas.
Por outro lado, os exportadores brasileiros estão buscando espaço em outros mercados, como Filipinas que cresceu em 281,3% as aquisições da proteína suína para 23,2 mil toneladas.
“A China tem perdido parte de sua influência sobre o desempenho total das exportações, sendo substituída por outras nações da Ásia e América do Sul”, disse em nota o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Segundo o levantamento, Cingapura atingiu 20,1 mil toneladas no acumulado do ano (+43,9%) e a Argentina também foi destaque com 18 mil toneladas (+83,1%).
“As exportações de carne suína do Brasil estão em processo de acomodação de níveis de embarques, estabelecendo-se em patamares significativamente superiores aos que eram registrados antes da grande disrupção global da proteína, iniciada em 2018 e com efeitos mais sensíveis entre 2019 e 2021”, acrescentou Santin.
Em abril, o volume exportado foi de 89,7 mil toneladas, queda de 8,8% no comparativo anual, e a receita somou US$ 193,4 milhões, número 16,7% menor que o registrado no mesmo mês de 2021.
“As vendas de abril retornaram para patamares próximos de 90 mil toneladas, que é a tendência de desempenho mensal esperada para este ano”, estimou o presidente.