O milho segunda safra de Mato Grosso deve ter uma perda “irreversível” de aproximadamente 4 milhões de toneladas no ciclo de 2021/22, ante o potencial inicial, com a estiagem prolongada que já afetou mais de 10% da produção de todo estado, disse hoje (18) a associação de produtores Aprosoja-MT.
A safra do cereal foi estimada em 36 milhões de toneladas, informou a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso em nota, com base em relatório da equipe técnica da entidade.
A perspectiva da Aprosoja-MT é mais pessimista que a do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), divulgada no início deste mês, que cita produção de mais de 39 milhões de toneladas.
Segundo a associação, o volume ficou abaixo do esperado em razão de um menor volume de chuvas. “Algumas lavouras estão até 50 dias sem chuva significativa ou com um volume abaixo de 10 milímetros (mm)”.
Os dados divulgados pela Aprosoja-MT foram coletados com os produtores associados de todo estado e que já confirmaram perdas irreversíveis principalmente nas regiões oeste e sul de Mato Grosso.
“Nosso trabalho em campo abrangeu centenas de produtores associados que nortearam nosso questionário confirmando as estimativas negativas para esta safra devido à seca”, disse no comunicado o presidente da associação, Fernando Cadore.