Os futuros do trigo em Chicago subiram hoje (17) mesmo depois que a Índia disse que permitiria embarques do cereal para o exterior que estão aguardando liberação alfandegária, enquanto os comerciantes se concentravam em uma questão implacável que agita os preços globais: onde o mundo obterá seus grãos?
Na bolsa de Chicago, o contrato mais ativo do trigo caiu mais cedo na sessão, devido a uma onda de realização de lucros, mas acabou fechando em alta de 30 centavos de dólar a US$ 12,77 (R$ 63,42) o bushel.
A Índia proibiu as exportações de trigo no sábado (14), poucos dias depois de dizer que tinha como meta embarques recordes de 10 milhões de toneladas para este ano, já que uma onda de calor escaldante reduziu a produção e os preços domésticos atingiram um recorde.
O trigo também recebeu apoio de um relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) divulgado ontem (16), que indicou piora nas condições da safra de inverno dos EUA, aprofundando as preocupações com a oferta em um mercado já apertado.
Enquanto isso, os futuros de milho caíram com os investidores comprando trigo e vendendo milho em negociações de spread, depois que o USDA informou que o plantio de milho estava melhorando no país, disse Don Roose, presidente da US Commodities, com sede em Iowa.
O milho fechou em queda de 8,75 centavos de dólar a US$ 8,00 (R$ 39,73) o bushel, enquanto a soja teve alta de 21,50 centavos de dólar a US$ 16,78 (R$ 83,34) o bushel.