O Parlamento Europeu apoiou hoje (7) regras históricas sobre combustível de aviação que estabelecem metas obrigatórias para a substituição do querosene por fontes de energia menos poluentes, mas ampliou a definição do que poderia ser um combustível “verde”.
Os requisitos, que se aprovados seriam inéditos no mundo, foram originalmente propostos pela comissão executiva europeia no ano passado para reduzir o impacto climático do setor de aviação, considerado responsável por até 3% das emissões globais.
De acordo com o texto aprovado, os fornecedores seriam obrigados a misturar um mínimo de 2% de combustível de aviação sustentável (SAF) no querosene a partir de 2025, subindo para 85% em 2050 – mais ambicioso do que a meta de 63% até 2050 originalmente proposta pela Comissão.
Nos termos da proposta original da Comissão, o SAF incluiria biocombustíveis obtidos a partir de resíduos reciclados e, em menor escala, sintéticos à base de hidrogênio ou combustíveis produzidos a partir de fontes de energia renováveis.
Mas a versão das regras aprovada pelo Parlamento Europeu estendeu a definição original de SAF da Comissão, adicionando combustíveis de carbono reciclado produzidos a partir de gás de processamento de resíduos e biocombustíveis produzidos a partir de gorduras animais ou destilados.
Antes da votação, o comissário de energia da União Europeia, Kadri Simson, pediu aos parlamentares que não ampliassem a definição de SAF e fossem cuidadosos com metas excessivamente ambiciosas.
Os parlamentares conseguiram alterar o texto no último minuto para excluir o uso de culturas alimentares e óleo de palma como SAFs, o que teria sido permitido em circunstâncias excepcionais no texto inicialmente preparado pelo Parlamento.
As regras serão agora apresentadas para aprovação pelos governos membros e pela Comissão da União Europeia.
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